Sem mandato de senador, Paulo Rocha não descarta possibilidade de assumir cargo no Governo Federal
Evento em Belém na última sexta-feira (13) celebrou os 30 anos de atuação do petista no Congresso Nacional
Formalizando o fim do mandato como senador da República, Paulo Rocha (PT) realizou na última sexta-feira (13) um evento no hotel Sagres, em Belém, para comemorar e agradecer aos apoiadores pelos 30 anos de vida pública no Congresso Nacional. Na ocasião, ele reafirmou que não deve disputar a Prefeitura de Belém nas próximas eleições municipais e disse que deve assumir um cargo no Governo Federal.
“Não sou candidato a Prefeito de Belém. Nós temos que fazer todo o esforço para assegurar a reeleição do companheiro Edmilson. Vou apenas continuar na política, participando da luta política do País, até conseguir consolidar a democracia. Por enquanto, estamos discutindo a possibilidade de assumir um cargo no Governo Federal. Com certeza, se eu for chamado, irei”, disse o petista.
Paulo Rocha foi deputado federal por 20 anos, entre 1991 e 2011. Na Câmara, foi líder do PT em 2005 e chegou à presidência de duas comissões. Ele disputou o Senado pela primeira vez em 2010, sem sucesso, mas foi eleito em 2014. Durante seu mandato, foi duas vezes líder do PT (2016 e 2021-2022).
Ao fim das três décadas em Brasília, o ex-senador falou que tem orgulho de sua trajetória política. “Eu fiz da minha história a possibilidade de mudar este País, onde se vive com grandes diferenças sociais e políticas. Então, acredito que minha atuação política no parlamento brasileiro fez diminuir essa diferença com leis que eu aprovei, como a lei que criminalizam o trabalho escravo no Brasil, a lei que obriga os Estados a ofertarem cursos secundários nos presídios para fazer com que o jovem saia da cadeia com um caminho apontado para retomar a sua dignidade, por exemplo”, relembrou o político.
Rocha não disputou as eleições de 2022, atuando apenas nos bastidores da campanha presidencial e da coordenação do governo de transição do governo do ex-presidente Bolsonaro (PL) para o governo do presidente Lula (PT). Sua vaga no Senado foi ocupada por Beto Faro, do mesmo partido.
Homenagens
Diversas autoridades do PT prestigiaram o evento de Paulo Rocha. Ao falar do ex-senador, o deputado federal Airton Faleiro (PT) disse que a atuação do petista no Senado foi imprescindível para o Brasil. “Ele foi senador em um dos momentos mais difíceis da história do Brasil, com a pandemia e gestão de Bolsonaro. E a luta popular combinada com a trincheira no parlamento brasileiro permitiu que as coisas não piorassem ainda mais. Dessa forma, Rocha não liderou apenas a resistência no Senado, mas também a retomada de um governo popular em favor da classe trabalhadora”, declarou.
O deputado estadual Dirceu Ten Caten (PT) relembrou o protagonismo do colega de partido na fundação do PT no Brasil em 1980. “Sou grato a ele não apenas pelos mandatos em Brasília, mas por toda a sua história na criação do PT no Brasil e fundação da Central Única dos Trabalhadores no Estado. Portanto, hoje ele é um símbolo do nosso partido e hoje, fica esse sentimento de gratidão”, disse o parlamentar.
Também do PT, o deputado estadual Carlos Bordalo ressaltou a atuação política do ex-senador. “Ele teve cinco mandatos de deputado federal em período muito difícil para candidaturas e lideranças de esquerda, deixando um legado de leis nacionais. Para quem não sabe, ele é o autor da lei que regulamentou, por exemplo, a profissão dos agentes comunitários de saúde”, relembrou Bordalo.
Vice-prefeito de Belém, Edilson Moura (PT) disse que quer ver o político assumindo novos mandatos. “Isso aqui é apenas um capítulo na vida do Paulo Rocha. Não creio que ele vá se afastar da vida pública. É um encerramento de mandato que vai se consolidar com outros mandatos que ele possa exercer na vida pública, pois eu espero que ele exerça novos mandatos pelo bem do povo do nosso Estado”, finalizou.
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