Rui Costa Pimenta critica Alexandre de Moraes por 'consagrar crime de opinião e pensamento'
Declaração reflete a posição do PCO, que tem se manifestado contra o que considera um excesso do judiciário em investigações relacionadas a figuras públicas e opositores políticos
O presidente do Partido da Causa Operária (PCO), Rui Costa Pimenta, acusou nesta sexta-feira (22) a justiça brasileira de institucionalizar o que chamou de "crime de opinião e de pensamento". A declaração ocorre após o indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro e de 36 outras pessoas pela Polícia Federal (PF), sob a suspeita de planejar um golpe de Estado em 2022.
"Depois do crime de opinião, alguns malucos agora querem consagrar o crime de pensamento. Se você se coloca contra pode ser acusado das piores coisas", escreveu Pimenta na rede X.
Na visão de Pimenta, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), estaria implementando uma política que ele define como "de ditadura", ao criar o "crime de opinião". Ele argumentou que "o crime real se caracteriza por um fato, uma ação. Pensar, falar e discutir não é crime".
O presidente do PCO também ironizou o caso, destacando que as mensagens trocadas pelos investigados não configuram, em sua opinião, um plano concreto de golpe. "É um crime intelectual. Os caras trocaram mensagem no aplicativo. Tudo bem que eles são idiotas. Você vai dar um golpe de Estado e você troca mensagem no aplicativo. Mas, enfim, eles não fizeram nada. Nem compraram as armas, nada", afirmou Pimenta.
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