Revista britânica elogia Alexande de Moraes no embate contra Elon Musk
The Economist disse que o ministro tem um 'ego gigante e muita coragem'
A revista britânica The Economist publicou nesta terça-feira (3/9) um artigo sobre o juiz Alexandre de Moraes. O artigo é intitulado “O juiz todo-poderoso que enfrenta Elon Musk” e aborda a ordem de bloqueio da rede social X no Brasil.
“É necessário um ego gigante e muita coragem para enfrentar Elon Musk, o homem mais rico do mundo, dono do X, uma rede de mídia social que muitas vezes pode parecer seu megafone pessoal. Alexandre de Moraes, o juiz que em 30 de agosto ordenou o bloqueio do X no Brasil, tem ambos”, afirma a revista.
No perfil de Moraes feito pela revista, eles afirmam que o ministro é conhecido por decisões controversas, mas também por sua coragem em enfrentar forças poderosas. O artigo também faz críticas a Moraes e à Justiça brasileira.
“A proibição do X reflete em parte as severas leis brasileiras sobre liberdade de expressão. Mas também se encaixa em um padrão de decisões controversas de Moraes, conhecido por sua busca incansável por casos de alto perfil. No entanto, a resposta do juiz ultrapassa as normas de proporcionalidade”, diz a Economist, citando o bloqueio a VPNs no Brasil e o congelamento de contas da Starlink, outra empresa de Musk no Brasil.
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“Parte da explicação para essa abordagem draconiana são as leis intervencionistas do Brasil sobre expressão. Elas agora buscam policiar 'crimes contra a democracia', como fake news nas mídias sociais que podem prejudicar o processo eleitoral, e 'crimes contra a honra', mesmo quando mensagens ofensivas são recebidas em privado.”
A revista critica a postura de Elon Musk em relação à liberdade de expressão, indicando que ele age como um “libertário de ocasião”. A crítica destaca que Musk processa opositores, proíbe palavras na sua plataforma e mantém uma relação amistosa com Vladimir Putin, cujos métodos de controle incluem ações violentas contra dissidentes.
*(Iury Costa, estagiário de jornalismo sob supervisão de Keila Ferreira, coordenadora do Núcleo de Política e Economia)
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