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Recorde de pelo menos 8.938 mortos em rotas migratórias em 2024, diz ONU

AFP

Pelo menos 8.938 pessoas, um recorde, morreram em rotas migratórias no mundo em 2024, anunciou a ONU nesta sexta-feira (21), destacando que o número real é "provavelmente muito maior" porque muitos óbitos não são registrados.

"O número crescente de mortes de migrantes no mundo é uma tragédia inaceitável e evitável", disse a diretora-geral adjunta da Organização Internacional para as Migrações (OIM), Ugochi Daniels, em um comunicado.

O ano de 2024 foi o "mais mortal" já registrado na maioria das regiões do mundo, incluindo Ásia (2.778 mortes), África (2.242) e Europa (233).

Os dados finais sobre as Américas ainda não estão disponíveis, indicou a organização, mas os números atuais mostram pelo menos 1.233 óbitos, incluindo números recordes de 341 no Caribe e 174 na selva de Darién, na fronteira entre o Panamá e a Colômbia.

A OIM acredita que "o número real de mortes e desaparecimentos de migrantes é provavelmente muito maior, já que muitos não foram registrados".

Além disso, a identidade e a origem da maioria dos mortos ou desaparecidos permanecem desconhecidas.

"O aumento de mortes é horrível por si só, mas o fato de milhares de pessoas permanecerem não identificadas a cada ano é ainda mais trágico", disse Julia Black, que coordena o projeto Migrantes Desaparecidos da OIM.

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