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Presidente Jair Bolsonaro minimiza polêmica sobre exercício militar na Esplanada

O desfile militar, que vai ser realizado na manhã desta terça-feira, foi convocado pela Marinha, nos arredores do Congresso Nacional, em Brasília

O Liberal

Diante da repercussão sobre movimentação de veículos militares programado para esta terça-feira (10), nos arredores do Congresso Nacional, o presidente Jair Bolsonaro minimizou o evento em suas redes sociais e convidou chefes de outros poderes, como o Supremo Tribunal Federal, a Câmara dos Deputados e o Senado Federal para a cerimônia, marcada para 8h30. “Como ocorre desde 1988, a nossa Marinha realiza exercícios em Formosa/GO. Como a tropa vem do Rio (de Janeiro), Brasília é passagem obrigatória”, escreveu. O presidente concluiu com um convite informal. “Muito me honraria sua presença amanhã na Presidência, onde receberei os cumprimentos da Força e desejarei boa sorte na missão”, afirmou, assinando como Chefe Supremo das Forças Armadas. As informações são da Agência Estado. 


Mais cedo, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), classificou como uma "trágica coincidência" a realização do desfile militar, hoje, convocado pela Marinha, nos arredores do Congresso Nacional, em Brasília, pela manhã. Segundo informou a Força Armada, em nota, um comboio de veículos militares blindados fará parte de exercício militar, a Operação Formosa, promovido pela Marinha e que pela primeira vez contará com a participação do Exército e da Força Aérea.

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No mesmo dia, está prevista a votação da proposta de emenda à Constituição (PEC) do voto impresso pela Câmara. Para alguns parlamentares, o exercício foi visto como uma tentativa de intimidação do Congresso e de influenciar o resultado da votação.

"Não é usual", disse o presidente da Câmara sobre o exercício militar. "E não sendo usual, em um País polarizado do jeito que o Brasil está, isso dá cabimento para que se especule tratar de algum tipo de pressão. Entramos em contato com o Palácio do Planalto, falei com o presidente Bolsonaro e ele garantiu não haver esse intuito", afirmou o parlamentar.

"Essa Operação Formosa acontece desde 1988 aqui em Goiás com movimentações da Marinha. Esse ano serão acrescidos o Exército e a Aeronáutica. Então não é uma coisa que foi inventada, mas também nunca houve desfile na Esplanada dos Ministérios para ir a Formosa (GO) e parar na frente do Palácio do Planalto", afirmou Lira.

MARINHA

A Marinha brasileira informou que o desfile de veículos militares blindados foi planejado antes da agenda de votação da PEC do voto impresso pela Câmara e "não possui relação com a mesma, ou qualquer outro ato em curso nos Poderes da República".


Segundo a Força, em nota, um comboio de 150 veículos militares fará a entrega de convite a diversas autoridades da República, entre elas o presidente Jair Bolsonaro, o vice-presidente Hamilton Mourão, e os presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) e do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), para participarem do dia de Demonstração Operativa, no próximo dia 16 de agosto. Dos veículos do comboio, 14 viaturas ficarão expostas na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, em frente ao prédio da Marinha.

O desfile faz parte da Operação Formosa deste ano, exercício militar que acontece anualmente desde 1988. Apesar da regularidade, é a primeira vez que haverá desfile militar, bem como a participação da Força Aérea e Exército na operação.

A escolha do dia e do local para a realização do desfile causaram preocupação entre parlamentares que, nas redes sociais, acusaram o governo de tentativa de intimidação do Legislativo e interferência no resultado da votação da PEC do Voto Impresso.

Segundo o texto distribuído pela Marinha, "os eventos buscam valorizar e apresentar, à sociedade brasileira, o aprestamento dos meios operativos da nossa Marinha".

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