Professora presa por atos do 8 de janeiro recebe liberdade condicional, diz site
Claudebir Beatriz da Silva Campos, de 46 anos, é suspeita de participar do vandalismo em Brasília e foi presa pela Polícia Federal em abril
Claudebir Beatriz da Silva Campos, professora de 46 anos, conseguiu liberdade condicional após oito meses presa em Belém. Ela era uma das suspeitas de participar dos atos do dia 8 de janeiro em Brasília. De acordo com informações do portal Correio de Carajás, o alvará de soltura dela foi expedido na última segunda-feira (18) e nesta quarta-feira (20) ela desembarcou no Terminal Rodoviário de Marabá, sudeste do Pará.
Claudebir foi presa pela Polícia Federal (PF) em 18 de abril, no âmbito da 10ª fase da operação Lesa Pátria, junto com outras 13 pessoas. Em 2022, ela foi candidata a deputada estadual pelo Partido Liberal (PL) e, segundo o Tribunal Superior Eleitoral (STF), recebeu 1.460 votos.
Nas redes sociais, Claudebir postava fotos e mensagens em apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), a atos antidemocráticos e a permanência de apoiadores do ex-presidente nas ruas após o resultado do segundo turno das eleições. Ainda conforme o Correio de Carajás, amigos próximos à professora afirmaram que ela não teria participado dos atos, mas denunciado devido suas postagens.
Restrições
O Correio de Carajás afirma, ainda, que os amigos de Claudebir disseram que uma série de restrições devem ser seguidas dentro da liberdade condicional. Entre elas, a professora não vai poder dar entrevistas, nem ser vista com bandeiras da República ou outros itens que remetem à ocorrência.
Operação Lesa Pátria
A 10ª fase da operação Lesa Pátria cumpriu mandados de prisão preventiva e de busca e apreensão em Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso, Paraná, Rio de Janeiro e São Paulo e no Pará. A nova fase aconteceu no mesmo dia em que o Supremo Tribunal Federal (STF) começou a julgar 100 denúncias oferecidas pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra suspeitos de participação no 8 de janeiro.
A reportagem do Grupo Liberal procurou o partido o qual Claudebir concorreu às eleições passadas, a PF e a defesa da professora, mas não obteve retorno até o fechamento desta edição.