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Vídeo: Prefeitura de Ananindeua dá calote de R$ 10 milhões na compra de hospital, diz Gustavo Sefer 

Deputado estadual diz em vídeo que o prefeito Daniel Santos não quitou a dívida total da desapropriação do antigo Hospital Camilo Salgado

O Liberal

Neste domingo (07.07), o deputado estadual Gustavo Sefer (PSD) gravou um vídeo para as redes sociais, destacando que a prefeitura de Ananindeua desapropriou o prédio do antigo Hospital Camilo Salgado, por R$ 14 milhões, em dezembro do ano de 2021, mas até este domingo, dia 7 de julho de 2024, só pagou R$ 4 milhões aos donos do 'Camilo Salgado". 

O deputado Sefer rebate as informações dadas pelo prefeito de Ananindeua, Daniel Santos, que também gravou vídeo nas redes sociais, denunciando que os donos do antigo hospital Camilo Salgado ingressaram na Justiça para impedir o funcionamento do novo Pronto Socorro Municipal. Ocorre, segundo Gustavo Sefer, que os proprietários recorreram à Justiça por estarem cansados de esperar pelo pagamento da gestão de Daniel Santos.

"Eu assisti o vídeo ontem ou anteontem do prefeito de Ananindeua, no qual ele atribui à minha família a tentativa de fechar o novo Pronto-Socorro ou proibir que o novo Pronto-Socorro de Ananindeua inaugure. É importante esclarecer alguns pontos: primeiro que este pronto-socorro, na verdade, é uma estrutura que já existe há muito tempo, o hospital Camilo Salgado”, diz o deputado.


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Suspensão dos repasses

Gustavo Sefer afirma que o hospital Camilo Salgado realmente pertence à família dele há cerca de 30 anos. “Não só à minha família, tem mais dois sócios proprietários”, diz ele, esclarecendo que, de fato, durante 30 anos o hospital atendeu exclusivamente pacientes do SUS.

Ele afirma que por décadas houve os repasses normais da prefeitura de Ananindeua ao hospital, que realizava cirurgias e salvou a vida de dezenas de pessoas, até que iniciou a gestão de Daniel Santos e a realidade do hospital mudou.

"Em janeiro de 2021, no primeiro mês do mandato do atual prefeito, ele simplesmente suspendeu os pagamentos e não pagou mais nenhum centavo de repasses para o hospital Camilo Salgado, o que, naturalmente, fez com que o hospital precisasse suspender o atendimento, o que ele (prefeito Daniel Santos) justifica. Ele falou no vídeo dele que o hospital prestava um serviço com muita reclamação das pessoas. É verdade, prefeito, concordo com você, a partir de janeiro de 2021, quando você assumiu a prefeitura”, enfatiza Sefer.

Proposta de desapropriação

Em síntese, o deputado conta que no final do ano de 2021, Daniel Santos procurou os proprietários do Camilo Salgado com uma proposta de desapropriação, com a promessa de construir um novo hospital, que teria sido inclusive promessa de campanha do atual prefeito à população de Ananindeua.

“Como ele não teve tempo, competência, ou recurso para construir, o caminho que ele adotou foi desapropriar um hospital que já atendia”, diz Sefer, no vídeo. Ele afirma que o prefeito atribuiu o valor de R$ 14 milhões, inferior à avaliação que vários corretores fizeram na época, mas os proprietários concordaram e assinaram o contrato. A desapropriação nada mais é do que um contrato de compra e venda.

Pelo contrato, assinado em janeiro de 2022, os R$ 14 milhões, segundo Sefer, seriam pagos da seguinte forma: um primeiro sinal de R$ 4 milhões, em fevereiro de 2022, e mais dez parcelas de R$ 1 milhão. No entanto, somente o primeiro sinal, de R$ 4 milhões, foi pago. As dez parcelas, totalizando R$ 10 milhões, nunca foram pagas.

Os donos do hospital, após um ano sem receber o pagamento, decidiram ingressar na Justiça, para ter o dinheiro deles, por direito. "(...) Um golpe, um calote e (antigos donos) recorreram ao caminho que pessoas do bem recorrem: à Justiça. O pedido à Justiça é de que o valor seja pago. Com todo o respeito que tenho, mas você (prefeito Daniel Santos) parece que toda hora quer ser vítima. É a primeira vez que eu vejo um comprador que não paga o que combina querer se fazer de vítima", afirma o deputado Gustavo Sefer, no vídeo.

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