PF cumpre mandados de prisão no caso da suposta espionagem ilegal na ABIN
Investigação mira ex-servidores e influenciadores digitais do chamado ‘gabinete do ódio’, suspeitos de espionagem ilegal e fake news
A Polícia Federal (PF) deflagrou, na manhã desta quinta-feira (11) a quarta fase da Operação Última Milha, que investiga suposto esquema de espionagem ilegal na Agência Brasileira de Inteligência (Abin) contra autoridades e desafetos políticos do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Ao todo, estão sendo cumpridos 12 mandados, sendo sete de busca e apreensão e cinco de prisão contra ex-servidores do órgão e influenciadores digitais do chamado “gabinete do ódio”, suspeitos de divulgação de fake News (notícias falsas). Os agentes da PF cumprem os mandados em cinco cidades: Brasília (DF), Curitiba (PR), Salvador (BA), São Paulo (SP) e Juiz de Fora (MG).
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Apuração da CNN aponta que um dos alvos da operação desta quinta-feira é Marcelo Araújo Bormevet, agente da PF desde 2005 e que já figura na investigação. Desde 25 de janeiro deste ano, ele está suspenso de exercer suas funções públicas em virtude de decisão do ministro Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, relacionada com a investigação sobre a “Abin paralela”.
Membros dos Três Poderes – Executivo (governo federal), Judiciário e Legislativo - e jornalistas foram alvos de ações do grupo investigado, segundo a Polícia Federal. Eles teriam criado perfis falsos, monitorado autoridades públicas de forma ilegal e produzido notícias falsas utilizando os sistemas da Abin.
Os investigados podem responder pelos seguintes crimes:
- organização criminosa,
- tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito,
- interceptação clandestina de comunicações e
- invasão de dispositivo informático alheio