Novo Plano Diretor de Belém deve rediscutir altura de edificações e ampliar arborização
O documento, que abrange a totalidade do território, é o instrumento básico da política urbana do município e integra o sistema de planejamento
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Os vereadores de Belém deram início aos trabalhos legislativos nesta segunda-feira (17) e é possível que muito em breve um importante projeto seja apreciado pela Câmara Municipal de Belém (CMB): o novo Plano Diretor da cidade. O documento, que abrange a totalidade do território, é o instrumento básico da política urbana do município e integra o sistema de planejamento.
Em entrevista ao Grupo Liberal, o vereador Jorge Vaz (PRD) afirmou que uma das principais demandas é a rediscussão dos gabaritos, tanto nas áreas do centro da cidade como em áreas estratégicas comerciais para Belém. De acordo com o Plano Diretor atual, gabarito é o número máximo de pavimentos permitido para a edificação, considerando alguns critérios de altura.
“Com a vinda dos investimentos de fora e, principalmente, federais, a gente precisa rediscutir a parte dos gabaritos em áreas da cidade que são estratégicas para essas construções, visualizando os ramos da construção civil e outros que demandam que o gabarito seja não só rediscutido, mas que isso seja feito de forma transparente para toda a comunidade”, afirmou.
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Outro ponto que deve ser incluído no documento que norteia o planejamento urbano de Belém é a questão da arborização, principalmente pela realização da Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025 (COP 30) na cidade, criando o que o vereador chama de Plano Diretor Verde, envolvendo questões sociais, ecológicas e de desenvolvimento econômico.
“A gente traz hoje o Plano Diretor e a rediscussão dele visualizando a COP. Então, não tem como isolar e distanciar a parte da sustentabilidade. Tanto a questão da arborização, como a de macrodrenagem, microdrenagem e a parte dos canais, precisam estar incluídas dentro do Plano Diretor”, explicou o vereador Jorge Vaz.
Democratização
O prefeito de Belém, Igor Normando (MDB), ressaltou que a ferramenta é fundamental para desenvolver Belém preservando o seu patrimônio histórico, garantindo também novas formas da cidade ter espaços mais bem aproveitados. Porém, apesar da urgência em aprovar esse projeto, ele garantiu que haverá responsabilidade por parte da Prefeitura.
“Vamos ouvir universidades, a construção civil, a indústria e a população. A ideia é fazer uma discussão ampla sobre o Plano Diretor urbano para que quando ele venha para a Câmara já tenhamos feito isso e ele possa ser o Plano Diretor mais democrático possível e que seja o melhor para a nossa cidade, achando uma forma de ter uma cidade mais desenvolvida sem abrir mão da nossa história e do nosso patrimônio”, defendeu o prefeito.
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