Plano Nova Indústria Brasil é 'necessário e positivo', avaliam representantes do setor
Anunciada pelo governo nesta terça-feira (22), Nova Indústria Brasil apresenta conjunto de metas e ações a serem implementadas até 2033
Representantes nacionais e paraenses do setor industrial avaliam como “necessário” e “extremamente positivo” o plano lançado pelo governo federal nesta segunda-feira (22), para estimular o desenvolvimento do setor. Intitulado “Nova Indústria Brasil”, o plano foi apresentado em reunião do Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial (CNDI), no Palácio do Planalto, em Brasília (DF), e tem como norte, metas e ações a serem implantadas até 2033 e um aporte de R$ 300 bilhões até 2026.
Para a Federação das Indústrias do Estado do Pará (Fiepa), “o plano é necessário”. A O Liberal, Alex Carvalho, presidente da entidade representativa do setor no Pará, avaliou que as propostas apresentadas pelo presidente Lula ao CNDI, para estabelecer uma “nova política industrial brasileira” ou ainda uma “neoindustrialização”, convergem com as pautas que a Fiepa tem defendido para fortalecer a indústria da Amazônia.
VEJA MAIS
Para o representante da federação paraense, ainda, as medidas propostas “serão fundamentais para atender aos compromissos globais pela descarbonização por meio da bioeconomia e a transição energética, componentes fundamentais para garantir uma industrialização mais inclusiva, sustentável, inovadora e justa, em sintonia com a conservação ambiental, a competitividade, o desenvolvimento econômico e o bem-estar social”.
CNI afirma que plano é instrumento moderno e fomentará neoindustrialização
Para a Confederação Nacional das Indústrias (CNI), “o governo brasileiro está no caminho certo ao lançar uma nova política de neoindustrialização”. Leonardo de Castro, vice-presidente, destaca a importância de contar com o setor público no processo de retomada da indústria brasileira. “Esse é o anúncio de uma política pública moderna, que redefine escolhas para o desenvolvimento sustentável, com mais investimento, produtividade, exportação, inovação e empregos, por meio da neoindustrialização”, diz.
Rafael Lucchesi, diretor de Desenvolvimento Industrial e Economia da CNI, avalia a nova política industrial como muito positiva. Para ele, o conjunto de programas inseridos nas missões de política industrial têm potencial para permitir que o Brasil aproveite as oportunidades trazidas pela "necessária descarbonização da economia, permitindo que o setor industrial brasileiro lidere o processo de desenvolvimento sustentável com inclusão social e redução das desigualdades".
“Nós vemos no mundo hoje uma grande janela de oportunidade para a descarbonização das cadeias produtivas brasileiras em torno da indústria verde, num contexto em que o Brasil apresenta diversas oportunidades. Temos vantagens para avançar nas atividades econômicas que mais agregam valor, como as economias desenvolvidas têm feito por meio de políticas industriais modernas”, afirma.