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Nomeação de Colatto como diretor do Serviço Florestal Brasileiro desagrada internautas

Doutor em Economia e Meio Ambiente, André Cutrim faz análise da nomeação. Confira:

Desde que o deputado federal Valdir Colatto (MDB-SC) foi nomeado diretor do Serviço Florestal Brasileiro, na noite da última quarta-feira, 16, uma série de comentários adversos a nomeação começaram a surgir.

No Twitter, uma das redes sociais mais acessadas do mundo, os usuários criticaram veementemente a escolha de Tereza Cristina, nova ministra da Agricultura. Entre as principais justificativas utilizadas pelos internautas para as críticas negativas estão o fato de o deputado ser membro da bancada ruralista no Congresso e apoiar a liberação da caça a animais silvestres. O assunto foi tão forte na rede que ficou, durante toda a manhã, entre os trending topics do Brasil.

Doutor em Economia e Meio Ambiente, o professor da Universidade Federal do Pará (UFPA), André Cutrim, avalia a nomeação com "ar de muita preocupação". De acordo com ele, o anúncio, e a consequente nomeação do referido deputado, "como chefe maior do Serviço Florestal Brasileiro", envolve "uma série de  incertezas".

"Nós, aqui na Amazônia, temos combatido com veemência muitas práticas ilícitas em prol do meio ambiente, sobretudo as questões em torno da sustentabilidade, do combate ao desmatamento e, principalmente, da caça aos animais silvestres. Então, é um retrocesso, um completo retrocesso, você colocar na direção de um órgão tão importante e que demanda uma influência muito grande em torno das questões ambientais, um político que, por trajetória histórica, não tem esse comprometimento cm o meio ambiente" argumenta.

Segundo o economista ambiental, "é um político que segue a bancada ruralista, que defende a caça aos animais silvestres e outras determinações extremamente esdruxulas que não cabem mais num ambeinte onde se prega a sustentabilidade, como é o caso da Amazônia".

Ele também afirma que atos como esse precisam chamar atenção da população, pois "a sociedade precisa entender que uma mensagem desse tipo acaba por legitimar um discurso com viés muito pautado no mercado, com pouca preocupação para as pessoas, para os povos, comunidades dessas regiões, sobretudo na Amazônia, e principalmente um discurso que deixa em segundo plano o nosso bem maior, que é justamente as florestas da nossa região".

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