MENU

BUSCA

Moro rebate declaração de ministro sobre ranking de corrupção: 'Fale menos e vá trabalhar'

Em seu perfil no X (antigo Twitter), o senador classificou a fala como "desqualificada" e condizente com um governo que, segundo ele, "esvaziou o combate e a prevenção à corrupção" no País

Adriana Victorino / Conteúdo Estadão

Após o ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Vinicius Marques de Carvalho, chamar o ranking sobre corrupção de 'conversa de boteco', o senador Sergio Moro (União-PR) criticou o integrante do Executivo sugerindo que ele "fale menos e vá trabalhar". O ministro contestou o resultado do Índice de Percepção da Corrupção (IPC) de 2024, que coloca o Brasil 107ª posição do levantamento com 180 países.

Em seu perfil no X (antigo Twitter), o senador classificou a declaração de Carvalho como "desqualificada" e condizente com um governo que, segundo ele, "esvaziou o combate e a prevenção à corrupção" no País.

VEJA MAIS

'Combate à corrupção esvaziado', diz Moro após anulação das condenações de Dirceu
O petista também já teve uma pena imposta pela Lava Jato revertida pelo Supremo em maio deste ano

Polícia prende homem suspeito de participar de plano do PCC para matar Sérgio Moro
Criminoso seria membro de uma 'célula restrita' da facção

Moro vira réu no Supremo por calúnia contra Gilmar Mendes
Relatora vê indício de fato delituoso em vídeo em que aparece senador

"O ranking é considerado internacionalmente o principal indicador do nível de corrupção de um país [...] Lula conseguiu colocar o Brasil na 107 posição entre 189 países, atrás da Argentina, Colômbia, Etiópia, Senegal, Cuba e Kazaquistão, entre outros. Minha sugestão ao Ministro: tenha mais humildade, fale menos e vá trabalhar", escreveu nas redes sociais.

O relatório da Transparência Internacional divulgado nesta terça-feira, 11, mostra o Brasil empatado com Argélia, Malauí, Nepal, Níger, Tailândia e Turquia. Esta é a pior colocação do País na série histórica, iniciada em 2012.

Em entrevista à GloboNews, o chefe da CGU questionou a metodologia da pesquisa e comparou à "conversa de boteco". "A Transparência dizer que a percepção da população sobre corrupção aumenta porque o presidente não fala disso. De onde tiraram? O que tem de sério? É uma correlação, não tem causalidade, não tem nada, é conversa de boteco", afirmou.

O IPC mostrou que uma das causas para o aumento da percepção da corrupção é o silêncio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre a pauta anticorrupção. Para Carvalho, no entanto, o levantamento levou como base somente a opinião de empresários e executivos, o que o classificaria como uma "pesquisa de opinião".

Política