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Ministra afirma que se empenha para viabilizar obras no Museu Goeldi

Luciana Santos cita a COP 30 e afirma que museu precisa estar ‘à altura’

O Liberal

A ministra de Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos,  garantiu na manhã desta quarta-feira (19) que está empenhada para viabilizar a execução de obras estruturais necessárias do Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG), principal instituição da pasta governamental, que precisa da recuperação urgente de prédios históricos e recintos de animais, além da necessidade de provisão de vagas.

A declaração foi dada ao deputado federal Raimundo Santos (PSD-PA) na Câmara Federal, após a reunião na Comissão de Ciência, Tecnologia e Inovação (CCTI), onde ela falou sobre o plano de ações e políticas voltados aos temas concernentes a sua pasta e as perspectivas de gestão.

O parlamentar, que é membro da CCTI, já havia apresentado dois requerimentos na Casa, o de número 9/2023, solicitando informações ao ministério quanto a providências imediatas às demandas e o outro, 10/2023, para a realização de audiência pública a fim de debater soluções.

“Deputado Raimundo Santos, a sua participação aqui na Comissão revela o quanto você valoriza o seu Estado naquilo que é o nosso principal patrimônio, que é a ciência, que é a tecnologia, ainda mais o Museu Goeldi”, disse a ministra. “Estou concentrada nesse esforço, até porque Belém será a sede da COP 30 [a próxima Conferência do Clima, em 2025], e a gente vai garantir que aquele espaço esteja à altura do que é e sempre foi no País”, declarou.

Luciana Santos afirmou que reconhece a história e importância do MPEG, considerado o mais complexo instituto vinculado ao ministério e que completa 157 anos em 2023. “É o museu mais antigo, base de pesquisa para qualquer brasileiro e do mundo para entender a nossa diversidade e riquezas naturais. Então conte comigo”, afirmou ela ao parlamentar, que agradeceu e afirmou que o museu tem “cientistas de renome internacional”.

Nilson Gabas Júnior: “há a necessidade premente"

De acordo com o diretor do museu, Nilson Gabas Júnior, “há a necessidade premente” de recuperação de três prédios históricos” – o Prédio da Rocinha, a Casa de Emílio Goeldi e o Sobrado Alexandre Rodrigues Ferreira, todos tombados pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Além, deles, é preciso recuperar o Espaço Raízes, o Tanque do Pirarucu, o Recinto das Onças e o Berçário das Vitórias-Régias. “Os valores orçados inicialmente são relativamente altos e não teremos como incluir nas nossas despesas correntes”, disse o diretor. “Temos vários recintos que precisam de reforma, mas a maioria deles terão recursos do nosso orçamento”, explicou.

Segundo levantamento feito pela direção do MPEG, o orçamento para a recuperação de três prédios históricos e recintos de animais é de cerca de R$ 25 milhões. A instituição também se ressente de pelo menos 60 novos profissionais de três áreas. As carências podem ocasionar paralisação das atividades técnico-científicas, gerando prejuízo em pesquisas e de uma expertise que é referência nacional e mundial.  

O Ministério de Estado da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos lançou no dia 6 de abril passado a portaria número 1.369 autorizando a realização de concurso público. O total de vagas autorizadas chega a 814. Entre os pretendentes, estão os diretores de 17 institutos de pesquisa. As 60 vagas pleiteadas pelo Museu Goeldi, portanto, correspondem a 7,5% da soma geral em três categorias funcionais: são 15 analistas em Ciência e Tecnologia, 30 pesquisadores e 15 tecnologistas.

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