Lula vai propor desmatamento zero em programa de governo
Meta é considerada ousada e planeja investir em reflorestamento de áreas devastadas
A pré-candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assumirá o compromisso de alcançar o desmatamento líquido zero. A meta, considerada ousada, foi incluída nesta terça-feira no texto das diretrizes para elaboração do programa de governo por iniciativa da Rede, do PV e do PSOL. Em reunião, os partidos finalizaram as mudanças de conteúdo do documento. As informações são do jornal O Globo.
O desmatamento líquido leva em consideração o saldo entre a vegetação derrubada e as áreas reflorestadas. A primeira versão das diretrizes, elaborada pela Fundação Perseu Abramo, o braço teórico do PT, falava que era "imperativo defender a Amazônia da política de devastação posta em prática pelo atual governo". Exaltava também que nos governos petistas houve redução de "quase 80% o desmatamento da Amazônia", mas sem referência a novas metas.
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Dados do desmatamento durante os governos petistas
Os dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) mostram que o desmatamento na Amazônia Legal durante os governos petistas teve uma forte alta em 2004, com 27,8 mil quilômetros quadrados de mata derrubada.
Depois caiu continuamente de forma intensa até 2008, quando houve uma pequena alta. Em seguida, voltou a cair. Em 2012, atingiu o nível mais baixo da série histórica, com 4,8 mil quilômetros quadrados.
Subiu em 2013 para 5,9 mil quilômetros quadrados. Caiu novamente em 2014 e subiu, em seguida, em 2015 e 2016, com 6,2 mil e 7,9 quilômetros quadrados, respectivamente, nos dois últimos ano do PT no poder com a presidente Dilma Rousseff. Em 2021, na gestão Jair Bolsonaro, o índice foi de 13 mil quilômetros quadrados derrubados.
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