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Lula sobre pente-fino em benefícios: A gente quer um levantamento fidedigno

Ele também declarou que o governo fará o crivo dos programas sociais, parte das medidas de ajuste fiscal, de forma cuidadosa para evitar injustiças

Por Caio Spechoto e Sofia Aguiar | Estadão Conteúdo

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta quarta-feira (4) que parte do empresariado vem colocando no Bolsa Família a culpa pela dificuldade em fazer contratações. Ele também declarou que o governo fará o pente-fino dos programas sociais, parte das medidas de ajuste fiscal, de forma cuidadosa para evitar injustiças. As declarações foram feitas durante solenidade no Palácio do Planalto sobre hospitais federais.

Lula se referiu às reclamações que ouve de empresários sobre dificuldades para contratar funcionários quando deu a seguinte declaração: "O pessoal costuma jogar a culpa no Bolsa Família, porque sempre alguém tem que ser culpado e o culpado é o pobre. O pessoal joga a culpa no Bolsa Família, joga a culpa no aposentado do INSS, joga a culpa no BPC, tudo coisas que estamos fazendo com a maior delicadeza possível". O presidente também disse que os empresários precisam perceber que os tempos mudaram e que é necessário construir um novo mundo do trabalho.

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"A gente não quer ir para as páginas dos jornais punindo alguém que não pode ser punido. A gente quer fazer o levantamento fidedigno e vai fazer com que todas as pessoas façam levantamento da sua situação real. Aqueles que têm direito vão continuar recebendo, aqueles que estão de forma ilícita vão parar de receber. Esse é o preço que a gente paga por ser sério", disse ele sobre o crivo dos programas sociais.

O presidente da República também afirmou que o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), ficou "irritado" por causa da proposta do governo para limitar o crescimento do Fundo Constitucional do Distrito Federal. A ideia é reajustar o valor atual por meio do IPCA, em vez de o montante aumentar junto com o crescimento do PIB. Em 2024, R$ 23,38 bilhões no Orçamento federal foram destinados a esse fundo, que sustenta a segurança pública, a educação e a saúde de Brasília. Ibaneis esteve reunido nesta quarta com o presidente da Câmara, Arthur Lira, e defendeu a rejeição às mudanças propostas no Fundo do DF.

Lula também voltou a dizer que o País crescerá mais do que o mercado previa. "O PIB de 2023 não foi 2,9%, foi 3,2%. O PIB de 2024 não será 1,5%, como o mercado previa, vai ser 3,5%", declarou ele.

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