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Lula pede levantamento das terras ociosas e diz que fará reforma agrária 'tranquila e pacífica'

Declaração foi dada durante programa Conversa com o presidente. "Não precisa mais invadir terra".

O Liberal

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) determinou ao ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, um levantamento de todas as terras ociosas no país que possam ser destinadas à reforma agrária. A declaração foi dada nesta terça-feira (13), durante a estreia da sua live semanal "Conversa com o presidente", programa apresentado pelo jornalista Marcos Uchôa. De acordo com Lula, o governo promoverá o assentamento de pessoas sem terra “com muita tranquilidade”. 

 


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"Eu disse pro Paulo (Teixeira) que não precisa mais invadir terra", declarou. “Se quem faz o levantamento da terra improdutiva é o Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária), o Incra que comunica o governo quais são as propriedades improdutivas que existem em cada Estado brasileiro e, a partir daí, vamos discutir a ocupação dessas terras. É simples. Não precisa ter barulho, não precisa ter guerra. O que precisa ter é competência e capacidade de articulação”, completou. 

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A partir do levantamento do Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, a gestão deve discutir os assentamentos com os movimentos ligados ao setor, como o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).

Números divergentes

Relatório do Observatório da Oposição, produzido pelo PL (Partido Liberal) a partir de dados da FPA (Frente Parlamentar de Agricultura), aponta que nos quatro primeiros meses do governo Lula, o Brasil registrou 56 invasões realizadas por movimentos sem-terra, o que representa uma alta de 143% em relação a 2022 e apenas seis ocupações a menos do que as registradas durante toda a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). De 2019 a 2022, o Brasil contabilizou 62 invasões de terra, ainda de acordo com o relatório. 

Por outro lado, o Incra alega que até 17 de abril deste ano, o Brasil registrou 33 ocupações de terra - número bem menor do que o apresentado pelo Observatório da Oposição. 

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