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Líderes de 20 países se reúnem em Belém para debater sobre contas públicas

Evento promovido pelo TCU deve elaborar uma declaração conjunta com diretrizes de fiscalização e controle aos líderes das 20 maiores economias mundiais

Emilly Melo

Autoridades e representantes de instituições de fiscalização e controle das 20 maiores economias mundiais se reuniram em Belém, nesta segunda-feira (17/05),durante o evento da 3ª Cúpula Anual das Instituições de Controle do G20 (SAI 20), no Hangar Centro de Convenções. O evento tem o objetivo de apresentar uma declaração conjunta de recomendações aos líderes do G20. O evento, presidido pelo ministro e presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Bruno Dantas, também contou com a presença do governador do Estado, Helder Barbalho, do prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues e do ministro das Cidades, Jader Filho.


Segundo o ministro Bruno Dantas, a escolha da cidade para sediar o encontro internacional foi motivada pelo protagonismo da capital paraense em relação às pautas ambientais, com destaque para a COP 30, que será realizada em Belém, em novembro de 2025. 

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“Belém é a porta de entrada da Amazônia brasileira. Se nós estamos hoje discutindo combate à fome, pobreza e mudanças climáticas, nada melhor para os países globais do que conhecer a Amazônia, conhecer os contrastes que existem entre a riqueza natural da Amazônia e, muitas vezes, o sofrimento do povo que não consegue ter os benefícios de toda essa riqueza. Estamos aqui para discutir, inclusive, de que maneira as nações do G20 podem impulsionar o desenvolvimento econômico para o bem-estar do povo”, afirmou o presidente do TCU durante coletiva de imprensa.

Este encontro marca a participação inédita da Alemanha nas discussões do grupo. Estiveram presentes autoridades do âmbito estadual, nacional e líderes da África do Sul, Angola, Arábia Saudita, Azerbaijão, China, Coreia do Sul, Egito, Emirados Árabes, Equador, Guiné-Bissau, Índia, Indonésia, Polônia, Portugal e de São Tomé e Príncipe.

Ao longo do evento, que vai encerrar nesta terça-feira (18), os representantes vão debater sobre a elaboração da declaração conjunta (communiqué) do SAI2, para definir parâmetros igualitários de medição para fazer prognósticos corretos e eficientes para a aplicação de políticas públicas e destinação de recursos.

“Por mais que recursos financeiros sejam alocados para combater a fome, a pobreza e a emergência climática, é preciso que haja coordenação, é preciso que haja boa competência. Só recursos financeiros, não basta”, declarou o ministro.

Soluções sustentáveis

O governador do Estado, Helder Barbalho, destacou a contribuição dos países para a adoção de mecanismos de governança em nível global e nacional. O chefe do Executivo paraense pontuou a implantação de crédito para compensação da emissão de carbono, os quais, em parte majoritária, serão revertidos para povos indígenas, quilombolas e tradicionais ribeirinhas, além de serem aplicados no âmbito da gestão estadual.

“Temos prontas para serem certificadas as áreas de florestas capazes de propiciar o equivalente a 156 milhões de toneladas de créditos ambientais jurisdicionais. Essas florestas de pé irão assegurar crédito para a compensação da emissão de carbono e o potencial de gerar 156 milhões de toneladas de carbono para garantir a preservação da Amazônia e do planeta”, afirmou o governador.

O prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues, reforçou a necessidade de atenção às políticas governamentais que promovam a qualidade de vida da população e a redução da pobreza no país.

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“Para que o desenvolvimento seja verdadeiramente sustentável, que os recursos sejam devidamente aplicados em favor da plenitude do que tem se desenvolvido como uma concepção de sustentabilidade, devem considerar as dimensões econômica, social, cultural, política e outras dimensões da sustentabilidade”, disse Rodrigues.

Para o ministro Jader Filho, é preciso garantir “o tratamento adequado do esgoto dos resíduos, para fornecer água de qualidade, utilizar energia renovável e fomentar uma economia sustentável, que ofereça empregos mais categorizados nas cidades brasileiras”.

“A Amazônia precisa investir em projetos que aumentem a resiliência de suas estruturas climáticas. O Brasil está comprometido em tornar práticas resistente e políticas públicas na busca do reconhecimento como potencial e como potência ambiental, que não compromete o crescimento econômico do mundo. Trabalhamos duramente para que as nossas cidades sejam mais verdes, resilientes, sustentáveis, de forma a assegurar o futuro melhor para todos os brasileiros”, finalizou o ministro.

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