Primeira-dama Janja fecha conta no Instagram após ataques misóginos
"Os comentários no perfil da primeira-dama Janja no Instagram são um exemplo de como um grupo de pessoas acha que as redes sociais são uma terra sem lei, onde podem escrever ofensas livremente", ressaltou sua assessoria.
A primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, restringiu seu perfil no Instagram nesta quinta-feira, 13, após ser alvo de uma série de ataques misóginos nos comentários de suas publicações. Segundo sua assessoria, além de machistas, as mensagens continham teor criminoso, com ameaças à segurança de Janja.
"Janja, apesar de ser uma pessoa pública por ser casada com o presidente da República, tem o domínio sobre seu perfil no Instagram e o direito de decidir restringir sua conta temporariamente para reforçar a moderação dos comentários em suas publicações, bem como de seus seguidores", afirmou a assessoria em nota.
Prints anexados à nota mostram ofensas como "galinha de presídio" e "vagabunda", além de outras insinuações pejorativas. Um usuário chegou a afirmar que Janja seria "a única brasileira que o Lula tirou da pobreza", ao que outro completou: "e da zona".
"Os comentários no perfil da primeira-dama Janja no Instagram são um exemplo de como um grupo de pessoas acha que as redes sociais são uma terra sem lei, onde podem escrever ofensas livremente", ressaltou.
A assessoria de Janja criticou também a falta de controle sobre ataques nas redes sociais e defendeu a regulamentação das plataformas digitais, tanto no Brasil quanto no mundo. O texto também apontou o que classificou como um "retrocesso" nas diretrizes da Meta, acusando a empresa de flexibilizar regras contra desinformação e discursos de ódio.
"A própria Meta realizou mudanças nas Diretrizes da Comunidade, com medidas que mudam regras da empresa para combater a desinformação e o ódio, alterando especialmente diretrizes sobre gênero e deixando de punir criminosos".
Apesar da restrição, a assessoria informou que novos seguidores continuarão sendo aceitos no perfil de Janja. "Não é o número de seguidores que importa. E, sim, um ambiente digital minimamente saudável e que respeite não só Janja, mas também aqueles que a seguem por terem interesse real em seus conteúdos publicados no Instagram", concluiu.