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Jader Filho afirma que ampliação da faixa de renda do MCMV é para atender famílias 'desatendidas'

Ministro das Cidades apontou dificuldades de acesso ao crédito para famílias que ganham até R$ 12 mil

O Liberal

O ministro das Cidades, Jader Filho, afirmou que a ampliação do programa Minha Casa, Minha Vida para famílias com renda entre R$ 8 mil e R$ 12 mil foi motivada pela dificuldade de acesso ao crédito por essa parte da população. Segundo o ministro, em declaração ao UOL, essa faixa estaria “desatendida” no mercado imobiliário.

O principal fator para as limitações de crédito são os saques da poupança, principal fonte de recursos dos bancos para conceder crédito para a casa própria. O Banco Central informou que R$ 45,7 bilhões foram retirados da caderneta somente nos três primeiros meses deste ano. Os valores representam mais que o dobro de retiradas registradas durante o mesmo período do ano passado, que corresponde a R$ 22,6 bilhões.

Com isso, os bancos ficam com menos dinheiro disponível para emprestar e, consequentemente, aumentam as taxas de juros.

A ampliação do MCMV para alcançar a classe média foi anunciada em meio a um conjunto de ações para tentar reverter a queda de popularidade do governo Lula nas pesquisas. Atinge uma fatia do eleitorado que o presidente busca atrair desde o início do mandato. Jader Filho diz que "todo governo quer popularidade", mas nega viés eleitoreiro na medida.

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“Todo governo quer ter popularidade. Isso é uma coisa óbvia. Mas o que nos levou a ampliar a faixa não necessariamente foi no sentido de alcançar um resultado A, B ou C. O que nós identificamos é que a taxa Selic já há alguns anos vem ficando cada vez mais alta. E o que financia a habitação para a classe média no Brasil? É a poupança. Quem é que sofre? A poupança. A cada ano, ela tem mais saques e transferências para outras rentabilidades”, declarou o titular de Cidades.

Projeções para 2026

Jader Filho também é presidente do diretório estadual do MDB no Pará, ao analisar a conjuntura política para as próximas eleições, que acontecem em 2026, o paraense ressaltou a participação da sigla na gestão presidencial petista — que está à frente de outros dois ministérios (Transportes e Planejamento) — e disse que o apoio a uma possível candidatura de Lula à reeleição seria "questão de coerência".

“O MDB apoiar a chapa do presidente Lula em 2026 é uma questão de coerência. O MDB tem espaços importantes dentro do governo, o Ministério do Planejamento, com a ministra Simone Tebet, o Ministério dos Transportes, com o ministro Renan Filho, e o Ministério das Cidades. São grandes ministérios. O presidente Lula foi muito correto com o MDB, e eu acho que o MDB precisa retribuir isso na eleição”, declarou o ministro.

Jader Filho avalia que Lula tem condições de reverter o cenário de queda nos índices de popularidade apontado nas pesquisas e chegar a 2026 mais competitivo.

“Temos possibilidades importantes. Existe um processo já em curso de uma construção da comunicação, com a chegada do ministro Sidônio. O dólar já está caindo. A promessa de uma supersafra, que é real, inegavelmente vai trazer impactos na questão dos alimentos. Os preços vão cair, promete-se uma safra recorde na nossa história”, apontou Jader Filho.

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