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Incêndios na Amazônia alcançam maior pico do século sob gestão de Marina Silva

Focos de queimadas em 2024 atingiram 140.328, maior número anual desde 2007; governo investe em medidas emergenciais enquanto busca zerar desmatamento até 2030.

Jéssica Nascimento

A Amazônia registrou o maior número de focos de incêndio do século em 2024, durante a gestão da ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). De acordo com dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), foram contabilizados 140.328 focos de incêndio, o maior número anual desde 2007, quando Marina também ocupava o cargo. (Com informações do Poder360)

Embora tenha havido períodos de seca histórica em 2024, o cenário destaca que cinco dos maiores picos de queimadas registrados desde 2000 ocorreram sob a gestão da ministra: em 2004, 2005, 2006, 2007 e agora em 2024. O recorde absoluto foi em 2004, com 218.637 focos, durante o primeiro mandato de Lula.

Mudanças no discurso e desafios no combate às queimadas

Marina Silva tem ressaltado que muitas queimadas têm origem criminosa e reconheceu que o governo não conseguiu conter o aumento de incêndios no último ano. No entanto, seu posicionamento atual contrasta com o discurso crítico que mantinha em relação às políticas ambientais do governo de Jair Bolsonaro, algo que tem gerado debate público.

Além dos números alarmantes na Amazônia, o Inpe registrou 278.229 focos de incêndio em todos os biomas brasileiros em 2024, um aumento de 46% em relação a 2023. Este é o maior índice nacional desde 2010.

Desmatamento em queda, mas desafios persistem

Apesar do aumento das queimadas, houve uma notícia positiva: uma redução de 25,7% no desmatamento da Amazônia em 2024. Segundo o Prodes, foram desmatados 6.288 km² de floresta, o menor índice dos últimos nove anos. A redução está alinhada à meta do governo de zerar o desmatamento até 2030, especialmente com a COP 30 agendada para ocorrer em Belém (PA) em novembro de 2025.

Investimentos emergenciais e estratégicos

Em resposta à crise, o governo federal liberou, por meio de uma Medida Provisória publicada em dezembro, R$ 233,2 milhões para apoiar as ações de combate a incêndios e socorro às populações atingidas. Parte dos recursos será destinada ao aprimoramento dos Sistemas de Alerta Hidrológico (SAH) e ao fortalecimento da capacidade logística do Ibama para fiscalizações e atuação em áreas críticas.

Embora a gestão de Marina Silva apresente resultados positivos no combate ao desmatamento, o aumento expressivo de queimadas em 2024 reforça os desafios do governo em equilibrar estratégias de preservação ambiental, medidas emergenciais e o combate ao crime organizado ligado ao desmatamento e aos incêndios na floresta amazônica.

 

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