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Helder: Belém tem atenção nacional por ser a capital do meio ambiente no País

Em entrevista nacional, governador do Pará avalia as eleições municipais no cenário nacional, o crescimento do MDB e a COP 30 em Belém 

Valéria Nascimento

A disputa política em Belém, a conquista do maior número de prefeituras pelo MDB e PSD (cinco capitais cada um), e a realização da COP 30 em 2025. Esses foram temas da entrevista que o governador Helder Barbalho concedeu, no início da noite desta segunda-feira (28/10), à jornalista Vera Magalhães, da rádio CBN. Na abertura do quadro, Vera deu enfase às eleições municipais na capital paraense e quis saber do governador o motivo do destaque nacional dado à disputa eleitoral em Belém entre o que ela chamou de “a coalizão partidária liderada pelo governador e um negacionista das mudanças climáticas”.

Helder Barbalho disse ver como natural o interesse por Belém, por ser a capital ambiental da Amazônia e sede da COP 30, o maior evento diplomático ambiental do mundo, que ocorrerá em novembro de 2025.

Ele afirmou que a visibilidade dada a Belém imputa grande responsabilidade para a construção de soluções que possam permitir que a cidade esteja preparada tanto para receber o evento, quanto para melhorar a qualidade de vida de quem vive na capital paraense.

Diante da previsão de receber 144 chefes de Estado e mais de 70 mil visitantes, Helder frisou a responsabilidade de se assegurar melhorias para a capital nos serviços de transporte coletivo, tratamento de resíduos sólidos, mobilidade urbana e de turismo, para a melhor geração de empregos e renda para os cidadãos locais.

‘Nas eleições municipalistas, o eleitor quer melhorias na cidade em que vive’

Vera Magalhães também quis saber do governador paraense como avalia o resultado eleitoral do último domingo e de que maneira isso pode afetar a ampla frente que elegeu o presidente Lula, em 2002 - diante do fortalecimento do MDB e do PSD, como dois partidos de centro, e do fato da esquerda ter feito somente duas prefeituras (Recife e Fortaleza). Helder avaliou que nas eleições municipais, o que mais importa para o eleitor é a realidade do município em que ele vive.

"Acho que essa eleição deixa duas mensagens: as pessoas optam na maior parte por uma escolha centrada na segurança, na certeza de entregas, de um melhor projeto para a vida das cidades, para a vida daqueles que nela moram. Os bons gestores foram aprovados e foram reconduzidos. (...) O que deve ter acontecido em Belém diante do bom momento que vivemos, e isso não sou eu que estou dizendo, são os institutos de pesquisas que reafirmaram isso de maneira continuada durante todo o processo eleitoral", afirmou.

E acrescentou: “Também é fato que há um movimento de centro-direita que deve ser entendido pelo campo progressista, pelo campo da esquerda de forma analisada, com autocrítica sobre se esse movimento pode ser algo localizado em uma cidade ou estado ou se está em curso um movimento mais amplo regional ou nacional”, disse.

Helder Barbalho parabenizou o crescimento do MDB, na pessoa do presidente da legenda, Baleia Rossi, "pela coordenação política e pela forma, inclusive plural, com a qual ele construiu o processo de organização partidária prestigiando, valorizando e priorizando os estados que fizeram seu dever de casa enquanto estruturação e formação de chapas que pudessem apresentar, no MDB, um projeto para cada município. O MDB foi forjado como um partido municipalista”, disse.

Ele foi questionado sobre a aliança do MDB, na reeleição em São Paulo, com o emedebista Ricardo Nunes, cujo vice é o Coronel Mello Araújo do PL, numa coligação que reuniu o PP/MDB/PL/PSD/Republicanos/Solidariedade/Pode/Avante/PRD/Mobiliza/União).

Helder Barbalho destacou que o presidente Lula preside o país a partir de uma coalizão política plural que garante sustentação parlamentar e apoio administrativo. E enfatizou a formação democrática de Lula, na condução da presidência da República. “O presidente Lula a exerce de forma correta ao longo de sua passagem pela presidência e isso deve seguir a partir das posses no dia 1º de janeiro”, afirmou.

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