Governo Federal se recusa a dar informações sobre viagem de Janja para Nova Iorque; entenda

O governo federal se recusou a fornecer informações completas sobre a viagem da primeira-dama, Rosângela Silva, a Janja, para Nova York em março deste ano. Foram negados dados sobre hospedagem, valores gastos e a fonte dos recursos, mesmo após três pedidos feitos via Lei de Acesso à Informação (LAI). A Controladoria-Geral da União (CGU) adiou a análise do último recurso para 1º de outubro, alegando que o assunto é complexo.

Janja foi a Nova York para participar da 68ª sessão da Comissão sobre a Situação da Mulher, representando o Ministério das Mulheres. Ela foi designada pelo presidente Lula para participar como socióloga. A primeira-dama está novamente em Nova York, agora acompanhando Lula na Assembleia-Geral da ONU.

A Folha de S.Paulo solicitou os dados da viagem desde abril. O Ministério das Mulheres informou que cobriu apenas passagens e seguro viagem, sem diárias para hospedagem e alimentação. O painel de viagens do governo mostra que as passagens de ida e volta entre Brasília e Nova York custaram R$ 43,4 mil.

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As respostas sobre hospedagem foram contraditórias. A assessoria de Janja inicialmente disse que ela ficou na casa de terceiros, mas depois afirmou que a hospedagem foi na residência oficial brasileira em Nova York. O Palácio do Planalto encaminhou o pedido ao Ministério das Mulheres e negou outras informações.

A justificativa para a recusa foi a segurança de autoridades e seus familiares, conforme alegou o Gabinete de Segurança Institucional (GSI), que confirmou as decisões anteriores. A Secretaria de Comunicação (Secom) afirmou que os pedidos de informações via LAI são respondidos conforme o processo. Mesmo assim, os detalhes da hospedagem e custos continuam sem resposta.

Já em uma viagem a Paris em julho, o Planalto respondeu prontamente à LAI e informou que Janja ficou na residência oficial do embaixador brasileiro.