Governo Federal retira oferta de abertura a empresas de 40 países em licitações públicas
O acordo vinha sendo formulado entre o Itamaraty e a Organização Mundial do Comércio (OMC), o que poderia prejudicar a participação de empresas nacionais
O Governo Federal retirou das negociações com a Organização Mundial do Comércio (OMC) um acordo que permitia a participação de empresas de 40 países em licitações públicas nacionais. Caso o acordo permanecesse, as empresas nacionais iriam concorrer com as globais em condições iguais. O mercado potencial para essa participação é de cerca de US$ 150 bilhões.
As informações foram obtidas pelo jornalista Jamil Chade, colunista do UOL. Os motivos para o recuo, como ele apurou, seriam de que o Brasil “...não pode abrir mão de um espaço importante para promover determinados setores da indústria nacional". Um documento datado de 30 de maio e exposto pela reportagem diz: "De acordo com seus direitos reservados, o Brasil informa às partes do Acordo de Compras Governamentais que retira sua oferta de acesso ao mercado".
“Nenhum país latino-americano faz parte do entendimento, que tampouco conta com outros emergentes de peso. A iniciativa é vista como uma ofensiva dos países ricos para abrir mercados entre as economias em desenvolvimento. Ao fazer parte do tratado, o Brasil se comprometeria a abrir suas licitações para empresas estrangeiras, num mercado potencial de US$ 150 bilhões”, destaca Chade no texto.
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