General Gonçalves Dias presta depoimento na PF sobre atuação no ataques de 8 de janeiro
PF ouve o ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República por determinação do ministro Alexandre de Moraes
Por determinação do ministro Alexandre de Moraes, relator no Supremo Tribunal Federal (STF) das investigações sobre os ataques às sedes dos três poderes, em Brasília, a Polícia Federal ouve nesta sexta-feira (21) o general Gonçalves Dias, ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República. Ele chegou à sede da PF nesta manhã para prestar depoimento sobre a atuação do GSI no dia 8 de janeiro. Imagens do circuito interno divulgadas na última quarta-feira (19) pela CNN mostram o general e outros agentes responsáveis pela segurança do Planalto no local no dia das invasões.
Alguns servidores do GSI aparecem cumprimentando e dando água para os invasores.
Gonçalves Dias afirmou em entrevista à TV Globo que estava no Palácio do Planalto no dia 8 de janeiro para retirar os manifestantes do prédio e que quando chegou o local já tinha sido invadido. Ele argumentou que estava retirando as pessoas do 3º e 4º piso, para que houvesse a prisão no 2º andar. "Fizeram um corte específico na produção, na produção dos vídeos que vocês olharam", disse, afirmando que as imagens foram divulgadas fora de contexto.
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Para G. Dias, militares que aparecem ajudando manifestantes devem ser punidos. "Quem tiver algum envolvimento, que seja punido. Inclusive aquele major. Aquilo é um desvio de atitude aqui de dentro", declarou, citando o major do Exército José Eduardo Natale de Paula Pereira, que atuava como coordenador de segurança de instalações dos palácios presidenciais.
"Ninguém fala, mas nós preservamos praticamente o terceiro piso todinho. O coração do Planalto, que é a sala do presidente, ela foi preservada. Toda a ala do gabinete pessoal foi preservada e o quarto piso foi preservado por completo desses invasores", completou Dias.
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