Fufuca sai da disputa por comando da CPMI dos atos golpistas; Arthur Maia é cotado
Líder do PP na Câmara, ele desistiu de disputar uma vaga na mesa relatoria ou presidência da Comissão Parlemantar
Líder do PP na Câmara dos Deputados, o deputado federal André Fufuca (PP-MA) desistiu de disputar uma vaga na mesa (relatoria ou presidência) da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos atos golpistas de 8 de janeiro.
Ele era favorito para assumir o cargo, mas o nome dele foi perdendo as forças. Com a desistência de Fufuca, quem ganha é o deputado Arthur Maia (União-BA).
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Conforme informações dos bastidores, Fufuca afirmou, em meio às articulações, que não conhecia qualquer ligação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) aos atos do 8 janeiro. A fala desagradou ao governo e, como a intenção de Arthur Lira (PP-AL) é manter os dois espectros - pressionar os golpistas e, ao mesmo tempo, manter o governo atento, o nome do correligionário de Lira acabou enfraquecendo.
Se houver consenso quanto ao nome de Arthur Maia na presidência, a tendência é que Eduardo Braga (MDB-AM) ocupe a relatoria. Isso porque Renan Calheiros (MDB-AL), que pressiona para ser o relator, é rival de Lira.
Caso a base convença Renan Calheiros de não ser relator, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) espera ter ainda mais vantagem na composição na negociação com Lira.
Pelo cenário que se apresenta, a tendência é que o governo tenha entre 10 e 11 senadores dos 16 indicados à CPMI e pelo menos nove deputados dos 16 que a Câmara indicará.