Financiadores de vandalismo no DF começam a ser identificados, diz Dino
Ministro Alexandre de Moraes afirmou que ‘as instituições vão punir todos os responsáveis’
Os órgãos responsáveis pela investigação do ataque às sedes dos Três Poderes da República, em Brasília (DF), no último domingo (8), já identificaram alguns responsáveis por financiar a ação terrorista que resultou na depredação dos prédios públicos. A informação foi confirmada pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, nesta terça-feira (10).
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“Temos uma investigação em curso, que ainda vai ter muitos desdobramentos. Já foram identificados os primeiros financiadores, sobretudo em relação aos ônibus [que trouxeram os participantes dos atos à capital federal]: aqueles que organizaram o transporte, que contrataram os veículos. Estas pessoas já estão todas identificadas”, disse Dino a jornalistas que acompanharam a cerimônia de posse do novo diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Rodrigues, nesta manhã.
Apesar de não divulgar mais detalhes sobre as pessoas já identificadas, Dino afirmou que, entre os financiadores, há desde pequenos comerciantes até empresários do agronegócio, entre outros segmentos.
“Não é possível identificar um único segmento. O que posso afirmar é que a investigação está em curso; já foram feitas as primeiras individualizações [caracterizações da participação nos atos] e, com isso, haverá o prosseguimento que cabe: a aplicação das sanções previstas em lei”, acrescentou o ministro.
Dino também pontuou que os identificados estão espalhados por dez estados do país e poderão responder por associação criminosa e práticas de crimes contra o Estado Democrático de Direito, entre outros delitos previstos no Código Penal brasileiro.
Durante a cerimônia de posse de Rodrigues, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes também reafirmou que todos aqueles que financiaram ou incentivaram os atos golpistas, seja por ação ou omissão, serão punidos no rigor da lei, além dos próprios participantes que atacaram as sedes dos Três Poderes.
“As instituições vão punir todos os responsáveis, todos. Aqueles que praticaram os atos, aqueles que financiaram, aqueles que contribuíram, aqueles que incentivaram, por ação ou por omissão, porque a democracia vai prevalecer”, ressaltou Moraes.
(*Emilly Melo, estagiária, sob supervisão de Hamilton Braga, coordenador do Núcleo de Política)
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