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Ex-chefe da polícia acusado de envolvimento na morte de Marielle pede para depor

O delegado Rivaldo Barbosa, que foi delatado por Ronnie Lessa, assassino confesso de Marielle e Anderson, encontra-se detido e é alvo de investigação por supostamente conspirar no assassinato da vereadora e por supostamente obstruir as investigações.

O Liberal

O ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro, Rivaldo Barbosa, que está sob investigação por suposto envolvimento no planejamento do assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes, pediu para prestar depoimento sobre as acusações. 

Os advogados do delegado apresentaram nesta segunda-feira (29) uma solicitação ao Supremo Tribunal Federal (STF) para que o policial conceda seu depoimento no caso. No requerimento endereçado ao ministro Alexandre de Moraes, a defesa também requisita que Erika Araújo, esposa de Rivaldo, seja convocada para prestar seu testemunho no processo.  

O delegado, que foi delatado por Ronnie Lessa, assassino confesso de Marielle e Anderson, encontra-se detido e é alvo de investigação por supostamente conspirar no assassinato da vereadora e por supostamente obstruir as investigações.

Por sua vez, a esposa é acusada de utilizar empresas para lavagem de dinheiro oriundo de atividades criminosas, além de ser investigada por suposta participação em organização criminosa e corrupção passiva.

Na petição, os advogados alegam que, decorrido mais de um mês desde a prisão, Rivaldo ainda não foi ouvido e não há previsão para tal ocorrência. Eles argumentam que, durante o depoimento, o delegado poderia esclarecer, mediante documentação e notas fiscais, que não mantinha empresas fictícias.

Além disso, na petição enviada a Moraes, os advogados destacam o histórico profissional de Erika e defendem que as medidas contra ela sejam revogadas.

"A ausência de qualquer prova ou indício sequer sugestivo de atividades ilícitas na prestação dos serviços pelas empresas de Erika, bem como a falta de vínculo entre sua evolução patrimonial e receitas ilegais, demonstram que não há fundamento para as acusações", argumenta a defesa.

Conforme relatório da Polícia Federal, o policial e ex-chefe da Polícia Civil recebia uma "mesada" para negligenciar investigações de homicídios na Delegacia de Homicídios do Rio de Janeiro. As investigações indicam que havia um esquema regular de pagamentos de propina, com valores oscilando entre R$ 60 mil e R$ 80 mil, para obstruir as investigações. 

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