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Em Belém, Fórum das Cidades Amazônicas reúne prefeitos da América Latina para discutir a região

O encontro ocorreu no Palácio Antônio Lemos, sede da Prefeitura de Belém, na manhã desta terça-feira (16)

Elisa Vaz

Representantes de cidades do Brasil e de outros países que compõem a Amazônia estiveram presentes, na manhã desta terça-feira (16), na Plenária Anual de 2024 do Fórum de Cidades Amazônicas (FCA), encontro que reúne governos municipais de cidades da América Latina que integram a bacia amazônica. A agenda ocorreu no Palácio Antônio Lemos, sede da Prefeitura de Belém, com o objetivo de discutir o tema da resiliência urbana e como mobilizar recursos para fortalecer as estratégias de adaptação climática.

A Prefeitura de Belém ocupa atualmente a presidência do Fórum das Cidades Amazônicas para o biênio 2024-2025. Na primeira vice-presidência está o município de Maynas, no Peru, e a segunda vice-presidência é ocupada por Cobija, na Bolívia. Participaram do evento prefeitos, vice-prefeitos e secretários municipais das cidades amazônicas, além de representantes de organizações municipalistas como a Frente Nacional dos Prefeitos, a Associação Brasileira de Municípios e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).

Ministro das Cidades do governo federal, Jader Filho esteve presente na Plenária e falou sobre a importância de entender a Amazônia também como um local urbano, cheio de cidades e que precisa de desenvolvimento nessa área, para além do ambiental. “As pessoas enxergam a Amazônia verde, a Amazônia das copas das árvores, a Amazônia dos rios, mas pouco se fala da Amazônia urbana, que comporta 40 milhões de pessoas. O mundo não enxerga isso, nós somos invisíveis para o mundo na maioria das decisões globais”, declarou.

Benefício social

Durante sua fala, o ministro chamou a atenção dizendo que é importante conhecer as particularidades da região, para garantir que as decisões sejam tomadas em benefício da população local. “Aqui tem pessoas que querem ter direito ao saneamento básico, a uma boa educação, a saúde, a bons empregos, a lazer. Por que é justo que o mundo inteiro tenha essa ambição e os amazônidas não podem ter? Nós precisamos cumprir a preservação da Amazônia, mas o primeiro passo tem que ser cuidar das pessoas”.

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Por conta disso, o chefe do Executivo municipal defende que os prefeitos das cidades amazônicas pensem em suas responsabilidades e lutem em prol dos recursos hídricos, da biodiversidade e da cultura popular. Mas, para além disso, disse que é importante garantir o bem-estar da população, em harmonia com a natureza.

“Não é um caminho fácil, é preciso enfrentar um pensamento colonial que reserva para a Amazônia um único papel, de fornecer matéria-prima, energia e commodities, gerando lucros que aqui não ficam. É necessário fazer frente à ganância, ao desmatamento, à especulação imobiliária e ultimamente ao crime organizado. É preciso coragem e união, e é para isso que aqui estamos. É fundamental em conjunto aprender, cooperar e agir para fazer da ciência e do conhecimento aliados poderosos na luta pelo desenvolvimento sustentável”.

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