Em 9 horas de depoimento, Mauro Cid fala sobre joias e suposto plano de golpe
Ex-braço direito de Jair Bolsonaro esteve na sede da PF na tarde de ontem
O ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), o tenente-coronel Mauro Cid, passou cerca de nove horas na sede da Polícia Federal, em Brasília, na segunda-feira (11). Durante o depoimento, o militar abordou diversos temas, como as vacinas, o caso das joias e a suposta tentativa de golpe de Estado.
De acordo com informações obtidas pela GloboNews, os investigadores concluíram que as informações dadas por Cid serviram para “fechar os pontos que estavam em aberto” na investigação.
Segundo os agentes da investigação, Cid foi questionado se tinha conhecimento de que o ex-presidente planejava um plano para se manter no poder. No entanto, Mauro Cid reforçou a versão dada anteriormente e disse que foi discutida uma minuta de decretação de estado de defesa, mas não pode afirmar que o então presidente planejava um suposto golpe.
Cid declarou aos agentes que Bolsonaro se reuniu com generais após perder as eleições de 2022, mas negou ter participado de alguma reunião na qual tivesse sido debatido termos da minuta de um suposto golpe de Estado.
Cid começou a ser ouvido por volta das 15h desta segunda-feira e só foi liberado na madrugada desta terça (12), pouco depois da 0h15. Ao todo, ele esteve na sede da PF, em Brasília, por cerca de nove horas.