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Defesa de Bolsonaro nega participação em conversas sobre golpe de Estado

Advogados do ex-presidente também defenderam Mauro CId, dizendo que celular dele era uma espécie de 'caixa de correspondência'

O Liberal

Após a descoberta de um suposto "roteiro de golpe" no celular do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), a defesa do ex-presidente afirma que ele nunca participou de qualquer conversa sobre um suposto golpe de Estado. O documento incluía o afastamento de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e a nomeação de um interventor.

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O que disse a defesa de Bolsonaro em nota à imprensa

"Os novos diálogos revelados pela revista Veja comprovam, mais uma vez, que o presidente Bolsonaro nunca participou de qualquer conversa sobre um suposto golpe de Estado.

Também ressaltamos que o ajudante de ordens, por sua função, recebia todas as demandas - agendamentos, recados, entre outros - que deveriam ser encaminhadas ao presidente da República. Portanto, seu celular, em várias ocasiões, serviu apenas como uma caixa de correspondência que registrava diversas lamentações."

Entenda outros pontos do 'roteiro de golpe'

Segundo a revista Veja, no celular de Mauro Cid foi encontrado um "roteiro de golpe", que contemplava o afastamento dos ministros do STF Alexandre de Moraes, Cármen Lúcia e Ricardo Lewandowski, além da nomeação de um interventor para restaurar a "ordem constitucional".

Além disso, foram identificadas mensagens do coronel Jean Lawand, que sugeriam o golpe. O conteúdo das mensagens continha pedidos de Lawand para que Cid convencesse Bolsonaro a ordenar uma intervenção militar no país, após a derrota nas eleições para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Política