Defesa de Bolsonaro diz que minuta do golpe apreendida na sede do PL foi cedida pelo STF
Em vídeo, advogado Paulo Amador da Cunha Bueno afirma que, após ter acesso aos documentos, disponibilizado pelo Supremo a pedido da defesa, enviou o material ao ex-presidente
O advogado do ex-presidente Jair Bolsonaro, Paulo Amador da Cunha Bueno, gravou um vídeo no qual afirma que a minuta do golpe encontrada na sede do Partido Liberal (PL), durante a operação Tempus Veritatis, foi cedida pelo Supremo Tribunal Federal (STF), a pedido da defesa. Segundo ele, o documento é o mesmo que foi encontrado no celular do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens da Presidência. A declaração do advogado foi compartilhada por Bolsonaro em suas redes sociais.
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"A "minuta" de Estado de Sítio encontrada pela PF na sede do Partido Liberal, nada mais era que peça de processo fornecida pelo Ministro encarregado do Inquérito", escreveu Bolsonaro. Alexandre de Moraes é o ministro relator dos processos sobre o caso.
"O referido documento não se tratava e não vinculava o ex-presidente de forma alguma ao golpe de estado. Tratava-se de uma minuta que se encontrava armazenada no celular do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens, e que por ocasião da prisão havida em maio do ano passado, foi objeto de apreensão", diz Paulo Amador Bueno, na gravação.
Segundo ele, os arquivos encontrados no celular de Cid, foram disponibilizados aos advogados constituídos nos autos. "O ex-presidente Bolsonaro solicitou a mim, na condição de seu advogado, que encaminhasse ao seu telefone celular, ao seu aplicativo de mensagens, o referido documento, o que foi feito na data de 18 de outubro de 2023", afirma o advogado.
Quando recebeu o documento, ainda de acordo com Paulo Bueno, o ex-presidente solicitou a sua assessoria que imprimisse o material.
"Resta evidente, portanto, que o documento apreendido na data é o mesmo que foi enviado por mim, na condição de seu advogado, contendo o quanto havia sido apreendido em maio no telefone do coronel Mauro Cid", declarou o advogado de defesa de Bolsonaro. "Esse episódio ratifica mais uma vez que o ex-presidente não tinha ciência ou qualquer envolvimento na confecção de minuta que pudessem atentar contra o estado democrático de direito", continuou, acrescentando que irá apresentar nos autos do processo as mensagens trocadas com Bolsonaro, inclusive o envio do documento.