'Cumpriremos nossa missão', diz relator da CPI das ONGs sobre votação do relatório
Senador Marcio Bittar acredita que comissão não terá problemas em aprovar o relatório da CPI
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que apura a atuação de organizações não governamentais na Amazônia reunirá nesta terça-feira (12) para a apreciação do relatório de conclusão dos trabalhos, apresentado pelo relator, o senador Marcio Bittar (União-AC). O prazo máximo de conclusão estabelecido para a CPI das ONGs é até o dia 19 deste mês.
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O senador Marcio Bittar destaca que uma das principais dificuldades observadas pela CPI foi demonstrar que a preocupação com a Amazônia, e com a população que vive na região, é uma questão nacional. O relator pontuou também que a atuação CPI foi muito positiva para evidenciar como o trabalho de algumas organizações —- financiadas, inclusive, com dinheiro estrangeiro —- influencia no desenvolvimento das comunidades locais, empregando um regime de subexploração na economia local.
“Eu acho que a gente conseguiu mostrar para um número de brasileiros que o que está acontecendo na Amazônia é muito duvidoso. Se faz em nome do clima, da preservação da floresta, mas são afirmações muito vagas, inclusive. Em nome desse tal cuidado ambiental, as ONGs recebem bilhões e bilhões, tem uma força de pressão monumental junto ao Congresso Nacional [...]. Você chega na Amazônia e ela está cada dia mais pobre, com 28 milhões de pessoas que entregam a sua própria sorte. Temos o maior índice de desemprego, maior índice de falta de esgoto, falta de água, maior índice de criminalidade”, ponderou o senador.
Bittar afirmou que recebeu as contribuições dos senadores Plínio Valério, presidente da CPI, e de Damares, as quais classificou como “propostas importantes" e revelou que todas as contribuições que poderiam ser feitas já foram incorporadas no relatório. “Entendo que amanhã não teremos problemas em aprovar o relatório da CPI. Acho que cumpriremos com a nossa missão amanhã”, concluiu Marcio Bittar.
CPI das ONGs
Instalada em junho, a CPI das ONGs realizou 30 reuniões, nas quais ouviu 28 depoimentos. Entre as pessoas recebidas, estiveram a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva; os presidentes do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama), Rodrigo Agostinho, e do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Mauro Oliveira Pires; os ex-ministros Ricardo Salles e Aldo Rebelo; e vários representantes de comunidades indígenas e de organizações não-governamentais.