Consulado da Venezuela em Belém vai manter atuação mesmo com fronteiras fechadas
Equipe de consulado em Belém aguarda informações e orientações oficiais da Embaixada da Venezuela
Em meio à crise nas relações entre Venezuela e Brasil, com o fechamento da fronteira entre os dois países, o Consulado Geral da Venezuela em Belém informou que irá manter atuação na região, apoiando a permanência dos imigrantes que já estão em território brasileiro.
De acordo com o segundo-cônsul venezuelano em Belém, Roger Solorzano, embora existam rumores de que o órgão teria solicitado a retirada do Brasil, a equipe ainda aguarda informações e orientações oficiais da Embaixada da Venezuela. "Tudo o que for decidido será divulgado oficialmente pelo país. Por enquanto, continuamos nossa atuação no Brasil e no Pará, e temos expectativas muito positivas de que tudo se resolva da melhor forma possível e que a fronteira seja reaberta", explicou.
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O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, determinou o fechamento da fronteira para tentar impedir a ajuda humanitária oferecida pelos Estados Unidos e por países vizinhos, incluindo o Brasil, após pedido do autoproclamado presidente interino Juan Guaidó. Maduro vê a oferta dessa ajuda como uma interferência externa na política da Venezuela e como um subterfúgio para uma intervenção militar norte-americana. O porta-voz do presidente Jair Bolsonaro (PSL), Otávio Rêgo Barros, disse que a ajuda humanitária está mantida.
No Estado do Pará, não há previsão de reforço de tropas enviadas à fronteira até o momento, mas o Comando Militar do Norte informou que a participação do Exército Brasileiro está mantida na operação de ajuda humanitária. Militares que servem no Pará participaram da Operação Acolhida entre outubro de 2018 e janeiro de 2019.
A ação é uma força-tarefa humanitária em território brasileiro, que atua desde março do ano passado no apoio logístico aos imigrantes provenientes da Venezuela. "Em cooperação com agências nacionais e internacionais e organizações não governamentais, o esforço dos militares é para que a dignidade de cada venezuelano, assim como o respeito ao núcleo familiar, seja preservada", disse o Comando.
Nas redes sociais, os deputados da Assembleia Nacional Constituinte da Venezuela relataram haver um esquema militar, organizado pelo presidente venezuelano, Nicolás Maduro, na fronteira com o Brasil.