Chuvas fazem um terço dos municípios paraenses decretarem situação de emergência
Quase 40 cidades foram afetadas fortemente por situações climáticas, o que resulta em ajuda federal
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Ao todo, 39 municípios paraenses decretaram situação de emergência em decorrência de desastres naturais somente neste ano. Na maioria dos casos, as fortes chuvas, alagamentos e enchentes, característicos para esta época do ano, destruíram pontes, deixando comunidades inteiras isolada e centenas famílias desabrigadas.
Uma das cidades afetada por intensas chuvas foi Bom Jesus do Tocantins, localizada no sudeste do Pará. Para minimizar os efeitos causados pelos desastres naturais, o município chegou a receber R$ 469,3 mil do Governo Federal destinados à aquisição de kits de alimentação, limpeza, higiene pessoal e dormitório.
“No nosso município, no período chuvoso, de dezembro a maio, as fortes chuvas derrubaram muitas pontes e destruíram boeiros. Nós temos quase 2,5 mil km de estradas vicinais e muitas famílias ficaram isoladas nessas comunidades. Com isso, fizemos um decreto emergencial que foi reconhecido pelo Estado e pelo Governo Federal, e conseguimos um valor de recurso para que no verão a gente comece a fazer boeiros e pontes, na expectativa de que no ano que vem não aconteça o mesmo problema”, afirmou João da Cunha Rocha (PSC), prefeito do município.
Na avaliação do chefe do Poder Executivo na cidade, as características da região dificultam o combate aos desastres naturais. Dessa forma, é preciso trabalhar em outras épocas do ano para reduzir possíveis impactos. Em Bom Jesus do Tocantins, a prefeitura municipal tem mapeado as áreas mais atingidas na tentativa de diminuir os prejuízos causados pelas chuvas.
Prejuízos
“Nós moramos na região Amazônica, então quando é período de chuva é chuva mesmo. Muitos municípios têm uma extensão territorial muito grande, então, os prejuízos são incalculáveis. No verão, a prefeitura, dentro das suas possibilidades, acaba fazendo o básico, limpando as estradas vicinais para dar o acesso, mas no inverno é lama, enxurradas, e acaba destruindo as estradas. Só o fato da comunidade ficar isolada já é um grande prejuízo”, pontua.
Para solucionar os efeitos dos desastres ambientais, João da Cunha Rocha ressalta a importância de uma equipe de Defesa Civil atuante. “Todos os municípios têm esse direito, o problema é que nem todos tem uma equipe de Defesa Civil atuante, que entenda do sistema do Governo Federal para lançar todas essas ocorrências e acabam continuando com seus problemas.”
O prefeito ainda aconselha que todos os municípios “façam esse trabalho de levantamento das ocorrências que acontecem não só no inverno como também no verão, com as queimadas, e para tudo isso existem recursos do Governo Estadual e Federal para minimizar os impactos causados.”
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