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Candidato à Prefeitura de Ananindeua, Carlito Begot é acusado de sequestro e ameaça de morte

O delegado José Casemiro Beltrão da Silva Junior foi o responsável por registrar a queixa. O caso será investigado pela Polícia Civil do Estado.

Abilio Dantas

O candidato à Prefeitura de Ananindeua pelo PSD, Carlito Begot, foi acusado na manhã de ontem de ter cometido sequestro, tortura, ameaça de morte e constrangimento contra uma pessoa que participava de uma caminhada da campanha do próprio político.

Ana Maria Pinheiro dos Santos, de 44 anos, relatou que teve o celular tomado à força pelo candidato e seguranças após ter feito imagens do atual vice-prefeito do município. Segundo a denunciante, Carlito Begot teria também a obrigado a entrar no carro e dito que iria “finalizá-la”. O delegado José Casemiro Beltrão da Silva Junior foi o responsável por registrar a queixa contra o candidato e seus seguranças. O caso será investigado pela Polícia Civil do Estado.

Ana Maria Pinheiro relatou em Termo de Declaração à Delegacia do PAAR que, às 11h45 desta quarta-feira (4), participava de uma caminhada em prol da campanha do candidato à Prefeitura de Ananindeua, onde fora a pedido de uma pessoa membro do comitê de Carlito Begot. “O evento ocorria na Trav. Dr. Dário com rua Castanheira, bairro Curuçambá, ao lado do Hospital Santa Maria, e ali, a declarante, assim como muitos outros moradores e componentes da caminhada, registravam a atividade através de fotos tiradas de celulares”, registra o documento. Em dado momento, de acordo com a declarante, Carlito Begot, “de forma repentina”, investiu contra ela e, “segurando firme o braço” dela, puxou o celular que ela portava.

Em seguida, ainda segundo o relato de Ana Maria, o candidato teria dito: “Bora, vou te levar para a Seccional para registrar uma ocorrência”. Obrigada a entrar em um carro, a relatora afirma que ouviu de Carlito Begot, que dirigia o veículo, que “(Ana Maria) iria acabar com a sua campanha, mas que iria jogar o corpo da declarante no ramal e ninguém iria mais saber dela”, consta ainda no documento da Delegacia do PAAR.

De acordo com a acusação, enquanto o candidato falava, a pessoa que estava sentada no banco do “carona”, de posse do celular da declarante, apagava diversos dados salvos no celular. “A declarante passou a questionar o agressor sobre o que estava vivendo naquele momento, dizendo que o que estava sendo feito era cárcere privado e ameaça de morte”. O relato prossegue dizendo que Carlito Begot, após o questionamento da Ana Maria, falou com alguém ao celular que o orientou a levá-la de volta ao local da caminhada onde o ocorrido iniciou. “A declarante então foi deixada em uma outra rua do bairro, e ao descer, Carlito Begot disse: ‘agora pode ir’, e então lhe devolveu o celular”, diz o documento.

A assessoria de comunicação do candidato à Prefeitura de Ananindeua, Carlito Begot, afirma, sem especificar a quem se refere, “que, em um ato desesperador, seu adversário e concorrente ao pleito no município usa diversas artimanhas para tentar denegrir e sujar nossa campanha”.

“Campanha esta que está sendo feita de forma transparente, íntegra, dentro da legalidade, sem usar de estratégias sujas e covardes. Negamos que todo e qualquer ato de ilegalidade tenha ocorrido! Tomamos conhecimento desta notícia através dos veículos de comunicação e vamos aguardar uma notificação oficial, para saber se de fato esta denúncia infundada foi  oficializada, para que o nosso setor jurídico possa tomar todas as medidas cabíveis”, anunciou a assessoria do candidato.

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