Bolsonaro reclama do salário de R$ 33 mil de quando era presidente: 'Compensa?'
Discurso em igreja na Flórida teve direito a conversão do salário para dólar para mostrar que era pouco
O ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro (PL) fez um discurso nos Estados Unidos, no qual reclamou do salário de R$ 33 mil da presidência da República. Ele considerou o valor baixo para o cargo que ocupou durante quatro anos. Durante sua fala, Bolsonaro também criticou os ministros escolhidos pelo atual presidente Lula, dizendo que há uma "diferença enorme" entre o primeiro escalão da sua gestão e do atual governo. Ele mencionou a ministra do Esporte, Ana Moser, e brincou sobre a falta de aptidão dela para o cargo.
Bolsonaro recebeu durante seu governo o salário de R$ 30.934,70 bruto como presidente, além da aposentadoria como militar, o que totalizava R$ 42.880,19. Desde dezembro de 2022, o capitão reformado do Exército ganha também R$ 35.223,66 pelos 28 anos em que atuou como deputado federal. E, durante a presidência, pôde contar com cartão corporativo para despesas pessoais.
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"Alguém sabe quanto foi o meu salário bruto em dezembro do ano passado? R$ 33 mil. Dá aí US$ 6 mil. Compensa? Você não vai para lá para ser recompensado financeiramente", disse em um culto na New Hope Church, em Orlando.
Michele estava dormindo quando presidente chegava em casa
O ex-presidente também reclamou do pouco tempo que passava com a esposa, Michelle Bolsonaro. Ele disse que, muitas vezes, nem se lembrava que tinha esposa, pois ela estava dormindo quando ele chegava em casa, ou ele estava dormindo quando ela saía.
Bolsonaro está nos Estados Unidos desde o dia 30 de dezembro, morando em um condomínio de luxo cedido pelo ex-lutador de MMA José Aldo, na cidade de Kissimmee, a cerca de 35 quilômetros de Orlando.
Desde então, o governo federal já desembolsou R$ 432 mil apenas com diárias para a equipe de assessores que o acompanha na viagem. Essa verba destina-se a custear gastos como hospedagem e alimentação dos servidores e supera o montante que outros ex-presidentes costumam gastar por ano com esse tipo de despesa.
Por lei, todos os ex-presidentes têm direito a manter oito assessores, com salários e demais despesas relativas ao trabalho custeadas pela Presidência da República. No caso das diárias, o pagamento é feito todas as vezes em que o servidor precisa se deslocar da localidade onde está lotado, o que inclui viagens ao exterior. O objetivo é indenizá-lo por despesas como hospedagem, alimentação e locomoção.
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