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Bolsonaro e Milei são destaques de conferência conservadora em Santa Catarina

Políticos brasileiros, especialmente do PL, e figuras conservadoras latino-americanas, participam do evento

Agence France-Presse / AFP

O ex-presidente Jair Bolsonaro foi aclamado neste sábado (06.07) em uma conferência da extrema direita em Balneário Camboriú, Santa Catarina, onde o presidente argentino, Javier Milei, também será um dos palestrantes. Bolsonaro (2019-2022) fez o discurso de encerramento no primeiro dia da CPAC Brasil, dois dias após a Polícia Federal indiciá-lo em uma investigação sobre o suposto desvio de jóias valiosas presenteadas pela Arábia Saudita.

Recebido aos gritos de "mito" pelo público, o ex-presidente voltou a desconsiderar as acusações que o tornaram inelegível até 2030 e deu “nota 10” ao governo de seu sucessor, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em "empobrecer a todos e dominá-los". "Apesar dos problemas (...) hoje eu tenho 300 e poucos processos ainda, vale a pena. A gente não vai recuar", disse Bolsonaro.

“Não tenho ambição pelo poder, eu tenho uma obsessão pelo nosso Brasil”, declarou mais cedo no evento, que termina neste domingo.

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Também destacou os avanços recentes da direita, com a primeira-ministra italiana Giorgia Meloni, o presidente salvadorenho Nayib Bukele, e a "mudança" no Parlamento Europeu com o avanço da extrema direita nas eleições de junho.

Realizado pela quinta vez no Brasil, o encontro é inspirado na Conferência de Ação Política Conservadora (CPAC), lançada há 40 anos nos Estados Unidos e promovida como o "maior e mais influente encontro de conservadores do mundo". 

Políticos brasileiros, especialmente do Partido Liberal (PL) de Bolsonaro, dominaram a lista de palestrantes neste sábado, incluindo seu ex-ministro e atual governador de São Paulo, Tarcisio Freitas, possível candidato presidencial em 2026.

Também discursaram figuras conservadoras latino-americanas, como o ultraconservador chileno e ex-candidato presidencial José Antonio Kast.

Mas a atração principal ocorrerá no domingo, com Milei, que desdenhou da cúpula do Mercosul na segunda-feira em Assunção e viajou ao Brasil sem se reunir com Lula, com quem tem trocado farpas.

“O que o Bolsonaro foi para o brasileiro, o Milei está sendo para o argentino”, afirmou Roberto Prudêncio à AFPTV.

Esse advogado de 43 anos disse que o presidente argentino é “um destaque nacional” por visitar Bolsonaro em Santa Catarina e não se encontrar com Lula. “Para nós isso é muito forte, nós sentimos no coração”, acrescentou.

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