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Após 116 dias preso, Mauro Cid é solto e coloca tornozeleira eletrônica

Ele foi colocado em liberdade após a homologação de seu acordo de delação premiada com a Polícia Federal

O Liberal

Após 116 dias preso, o tenente-coronel Mauro Cid deixou o Batalhão de Polícia do Exército de Brasília na tarde deste sábado (9). Ele colocou uma tornozeleira eletrônica. A liberação ocorreu após a homologação do acordo de delação premiada dele com a Polícia Federal. As informações são da CNN Brasil.

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), homologou neste sábado a delação. Ele também autorizou a liberdade provisória do ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro. Moraes determinou, no entanto, que Cid cumpra as seguintes medidas cautelares: além de usar tornozeleira eletrônica, ele terá limitação de sair de casa aos fins de semana e também à noite, afastamento das funções no Exército e proibição de contato com outros investigados.

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Na quarta-feira (6), Cid esteve no STF e foi recebido pelo juiz auxiliar Marco Antônio Vargas, que trabalha no gabinete do ministro Alexandre de Moraes, para confirmar formalmente a intenção da delação.

A lei que trata da colaboração premiada permite que a PF negocie acordos diretamente com o investigado, sem a necessidade de anuência do Ministério Público. Em 2018, o Supremo validou a possibilidade de a PF firmar as tratativas.

As condições impostas por Moraes para sua liberação são as seguintes:

Proibição de ausentar-se do recolhimento domiciliar no período noturno e nos finais de semana, mediante uso de tornozeleira eletrônica;

Obrigação de apresentar-se perante Juízo semanalmente, todas as segundas-feiras;

Proibição de ausentar-se do país, com obrigação de realizar a entrega de seus passaportes; cancelamento dos respectivos vistos;

Suspensão imediata de documentos de porte de arma de fogo em nome do investigado;

Proibição de utilização de redes sociais;

Proibição de comunicar-se com os demais investigados;

Afastamento do exercício das funções de seu cargo de oficial no Exército.

Braço-direito do ex-presidente Bolsonaro, nos quatro anos em que esteve no Palácio do Planalto, o tenente-coronel prestou depoimento por mais de dez horas à PF, no dia 28 de agosto. Além da venda ilegal de joias recebidas por comitivas presidenciais, ele é investigado ainda por envolvimento na suposta tentativa de invasão ao sistema eletrônico do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e por falsificação dos cartões de vacinação da família Bolsonaro. Essa última acusação motivou, em maio, a prisão preventiva do oficial do Exército.

 

 

 

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