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AO VIVO: Fabio Wajngarten depõe nesta quarta à CPI da Covid

Ex-secretário de Comunicação do Planalto havia declarado que a "incompetência" do Ministério da Saúde causou atraso na compra de vacinas contra a covid-19

Redação Integrada, com informações do G1

O ex-secretário de Comunicação do Planalto, Fabio Wajngarten, presta depoimento, nesta quarta-feira (12), à CPI da Covid, em condição de testemunha. Senadores querem que o empresário explique a declaração dada à revista "Veja" na qual disse que a "incompetência" do Ministério da Saúde causou atraso na compra de vacinas contra a covid-19.

Na sessão, que iniciou às 10h e é aberta, Wajngarten adotou um tom elogioso ao ex-ministro Pazuello. Na entrevista à revista "Veja" no fim de abril, ele disse que houve incompetência da Saúde no processo de aquisição de vacinas. À CPI, o ex-secretário disse que Pazuello foi "corajoso" ao assumir a pasta em meio à pandemia e atribuiu a incompetência à "morosidade da administração pública".

O presidente da CPI, Omar Aziz, criticou a postura de Wajngarten: "Você só está aqui por causa da entrevista [à revista Veja]. Se não fosse isso não lembraríamos que você existia [...] Não subestime nossa inteligência". Ele também deu um ultimato a Fabio: "Com todo o respeito que o senhor merece, se Vossa Excelência não for objetivo nas suas respostas, nós iremos dispensá-lo dessa comissão, pediremos a revista Veja que mande a gravação e o chamaremos de novo, não como testemunha, mas como investigado".

O relator da comissão, Renan Calheiros, diz que a CPI pode pedir a prisão de Wajngarten por não dizer a verdade, e senador Marcos Rogério reage. Na sequência, Omar Aziz anuncia que vai pedir a gravação da revista Veja. "Acredito que o depoimento do ex-secretário está prejudicado", afirma.

Confira outros pontos:

Wajngarten disse, no início de sua fala, que quando soube de comunicado da Pfizer levou o assunto a Bolsonaro: "Quando soube em novembro do ano passado que a Pfizer havia enviado carta ao governo brasileiro, procurei imediatamente solucionar eventual impasse. Vi por bem levar ao presidente Bolsonaro o assunto Pfizer na busca por uma solução rápida. E assim foi feito".

Questionado por Renan Calheiros, Wajngarten afirma que não colabora mais com o governo Bolsonaro. "Não, de forma alguma. Voltei para as minhas filhas, engordei 20kg, preciso cuidar da minha saúde".

O relator pergunta se "declarações estapafúrdias" do presidente impactam a sociedade e se irrita com resposta sem objetividade: "Se o senhor puder responder objetivamente. De que maneira impacta?" Wajngarten afirma que tem um impacto diferente para cada pessoa.

Renan faz pergunta sobre posicionamentos de Bolsonaro, e Wajngarten responde: "Pergunte a ele". A resposta gerou reação do presidente da CPI, Omar Aziz: "O senhor não pode fazer isso aqui. Está aqui na condição de testemunha".

"As propostas da Pfizer no início da conversa falavam em irrisórias 500 mil vacinas", afirma. Ele diz que nunca falou em 70 milhões de doses e que nunca participou das negociações. Renan questiona versões diferentes entre a fala do ex-secretário na CPI e as declarações dele à revista "Veja".

A reportagem continua acompanhando o depoimento.

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