‘Amazônia em pé, Brasil em pé’, diz Izabella Teixeira ao citar importância da floresta
Durante LIDE, ela destacou o papel do Brasil na luta mundial pelo clima e disse que a ciência é um ator político do século XXI
Em sua participação no Lide Brazil Conference, evento que está sendo realizado no Reino Unido com diversos representantes políticos do Brasil, a ex-ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima Izabella Teixeira, que atuou à frente da Pasta de 2010 a 2016, falou sobre a importância da Amazônia para as soluções climáticas mundiais.
VEJA MAIS:
Durante sua fala, nesta quinta-feira (20), a copresidente do International Resource Panel (ONU) ressaltou que o Brasil tem potencial de “contar novas histórias para o futuro e tem a responsabilidade de fazê-lo”. Na avaliação de Izabella, todas as alternativas viáveis economicamente passam pelo Brasil, que não é um país de pequena escala.
“Temos que saber negociar, ter entendimento das questões e não discutir o micro. Discutir o macro é questão de ser provedor de soluções e de ser solidário ao mundo. Esse é um papel importante do Brasil. Nas nossas singularidades, há a centralidade da Amazônia. Sem a Amazônia em pé, não há segurança climática no Brasil e nem como viabilizar a economia de baixo carbono. Amazônia em pé, Brasil em pé”, ressaltou a ex-ministra de Lula e Dilma (2010-2016).
VEJA MAIS:
Na avaliação de Teixeira, é preciso parar de pensar que os governos são provedores de soluções, mas o setor produtivo e a sociedade devem estar engajados na luta climática. Ela também citou a ciência, dizendo que é um “ator político do século XXI”. Uma das memórias de Izabella é em relação à pandemia, que dependeu das soluções científicas.
“Empresários e políticos não entendem as perspectivas de longo prazo. Tensões de curto prazo estão presentes, mas, ao mesmo tempo, questões que envolvem a emergência climática nós já vivemos, como inundações, secas, não previsibilidade de safras, impactos na agricultura que estão acontecendo no Brasil e no mundo. As mudanças são importantes e o que for decidido hoje vai impactar no futuro”, adianta