Alexandre de Moraes confirma conversa com Marcos do Val sobre golpe; vídeo
Ministro do Supremo classificou a ideia como ‘Operação Tabajara’
Nesta sexta-feira (3), o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes confirmou ter sido procurado pelo senador Marcos do Val (Podemos) para discutir um suposto golpe contra o Moraes. No entanto, o ministro qualificou a ideia como "Operação Tabajara" e "ridícula", além de ter ironizado a "ideia genial" de grampeá-lo. As informações são do UOL.
O ministro Alexandre de Moraes falou pela primeira vez após as denúncias do senador Marcos do Val sobre um plano de golpe, ao participar de uma conferência por videoconferência em Lisboa. De acordo com Moraes, o senador solicitou a conversa, que ocorreu no Salão Branco no STF. O ministro não adiantou o tema da conversa, mas explicou que também se reuniu com Daniel Silveira e o ex-presidente Jair Bolsonaro ao chegar ao Supremo.
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"A ideal genial era colocar escuta no senador para que o senador pudesse gravar", disse Moraes, ironizando o plano. "A partir disso, poderiam solicitar a minha retirada da presidência dos inquéritos", disse.
Moraes queria depoimento por escrito
Alexandre de Moraes indagou se o senador Marcos do Val estaria disposto a registrar as informações em papel e se estaria disposto a prestar um depoimento, mas ele indicou que isso seria "uma questão de inteligência" e que não poderia fazê-lo. Moraes relatou que se levantou, agradeceu e qualificou o plano como "Operação Tabajara", mostrando o “quão ridículo” era o plano de golpe no país. Apesar de ter visto o senador apenas três vezes na vida, Moraes destacou que aquilo que não é oficial, não existe.
Durante o evento, o ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes também reagiu às denúncias feitas pelo senador Marcos do Val, que ligou o ex-presidente Jair Bolsonaro mais uma vez a uma ideia de um golpe.
"O que mostra é que a gente estava sendo governado por uma gente do porão [...] Vamos esperar o resultado das investigações, mas essas pessoas se comunicaram", disse o ministro.