MENU

BUSCA

Alepa vota PL que pode prevenir crianças e adolescentes contra crimes sexuais virtuais

A proposta visa a criação de uma cartilha de orientação que, se aprovada pelos parlamentares, será distribuída em todas as redes de ensino do Pará

Camila Azevedo

Deverá ser votado nesta terça-feira (24), durante a 26ª sessão ordinária da Assembleia Legislativa do Pará (Alepa), um Projeto de Lei (PL) que cria uma cartilha com orientações de prevenção para crianças e adolescentes contra crimes sexuais praticados de forma online. A proposta é de iniciativa do deputado Adriano Coelho (PDT) e estabelece uma série de medidas para que a navegação no mundo digital seja feita de forma segura pelos jovens. As comissões de Justiça e Finanças da Casa já deram parecer favorável à pauta.

Na justificativa do PL, o parlamentar afirma que a presença de crianças e jovens no ambiente virtual é cada vez mais frequente. As atividades são variadas: desde estudos e socialização, até a busca por diversão. “No entanto, muitos ainda não possuem discernimento suficiente sobre os perigos que a internet pode oferecer, especialmente no que diz respeito à violação de sua privacidade e intimidade, tornando-os vulneráveis à violência e à exploração sexual, em suas variadas formas”, diz.

VEJA MAIS

Fafá de Belém celebra reconhecimento como Patrimônio Cultural do Pará; assista
A honraria, proposta pela deputada estadual Lívia Duarte e aprovada pela Alepa, foi comemorada pela cantora, que destacou a importância de dividir o título com grandes nomes da música paraense

Alepa vota criação de fundo estratégico para ampliar sistema de transporte público de Belém
A proposta é de autoria do Poder Executivo e tramita em caráter de urgência na Casa. Se aprovado, recursos serão administrados pela Seinfra

Alepa vai analisar nova Lei Orgânica da Administração Tributária do Estado do Pará
Projeto da LOAT 2.0 será entregue pelo Sindifisco aos deputados do Pará

A falta de privacidade e de segurança que existe no mundo digital, conforme aponta a justifica, pode facilitar a prática de crimes, como a pornografia infantil, a exploração sexual e o assédio virtual. “Os criminosos utilizam as redes sociais, chats e outros espaços para esta modalidade de crime: o aliciamento online. Certos aplicativos permitem conversas com voz, vídeo e comunicação baseada em texto, que possibilitam potencial e pleno acesso de comunicação com crianças e adolescentes”, complementa o texto.

Uma série de medidas, como o ensinamento do que não fazer na internet, fazem parte do plano de orientação. “Outro ponto relevante é que a falta de educação sobre o tema pode perpetuar estereótipos de gênero e discriminações sexuais. Muitas vezes, o assédio virtual e a violência sexual na internet têm como alvo mulheres e meninas, reforçando a ideia de que elas são objetos de desejo e não merecem respeito. A orientação pode ajudar a combater essas práticas e promover uma cultura de respeito e igualdade”, destaca o PL.

Proteção à mulher

Na pauta da Alepa para esta terça-feira, ainda, consta um PL, de autoria da deputada Paula Titan (MDB), que garante à mulher que teve a gestação interrompida - por aborto ou morte perinatal ou neonatal - uma internação distinta de outras mulheres acompanhadas de recém-nascidos. As comissões de Justiça, Saúde e Direitos Humanos já deram parecer favorável. O texto da proposta aponta que a medida é uma forma de garantir apoio psicológico. 

“É crucial que o Estado reconheça essa dor e forneça apoio humano e sensível às mulheres que enfrentam essa situação. Elas precisam de privacidade para vivenciar seu luto e apoio psicológico para começar a se recuperar. É injusto e cruel expor essas mulheres ao ambiente de celebração das mães que acabaram de dar à luz, pois isso só aumenta seu sofrimento. Dessa forma, é essencial garantir que as mulheres que sofreram uma perda gestacional ou neonatal tenham acomodações adequadas nos hospitais e maternidades”, diz o PL.

Patrimônio Cultural

Outros cinco PLs devem ser votados pelos deputados na sessão desta terça-feira. O concurso Rainha das Rainhas, idealizado pelo Grupo Liberal, o festival de Tribos Indígenas, realizado em Juruti, a obra musical da artista paraense Joelma, as camisas confeccionadas com grafismos Marajoaras e o Festival do Carimbó, em Marapanim, devem ser votados para se tornarem novos patrimônios culturais de natureza imaterial do Pará.

Política