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8 de janeiro: Dos 27 governadores, 14 participam de ato organizado por Lula

Faltas foram de governadores de oposição; Helder, Jader Filho e Celso Sabino marcam presença

O Liberal

Pelo menos três representantes paraenses atenderam ao convite do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para o ato pela democracia organizado pelo governo federal nesta segunda-feira (8), no Congresso Nacional, em Brasília, que marcou o um ano dos ataques às sedes dos Três Poderes. Além dos ministros Celso Sabino (de Turismo) e Jader Filho (das Cidades), que compõem a equipe de Lula, o governador do Pará, Helder Barbalho, também esteve presente na cerimônia, marcada por presenças e ausências.

Entre os desfalques, o do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, foi um dos mais repercutidos. Lira justificou, de última hora, que ficaria em Alagoas, seu estado de origem, junto a um parente com problemas de saúde. Além dele, os governadores de São Paulo, do Rio de Janeiro e de Minas Gerais, Tarcísio de Freitas, Cláudio Castro e Romeu Zema, respectivamente, aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro, estão entre os faltosos. Do sudeste, apenas Renato Casagrande, governador do Espírito Santo, marcou presença.

O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, informou estar de férias. Ronaldo Caiado, governador de Goiás, também justificou a ausência afirmando que passaria por uma avaliação médica. Eduardo Riedel, governador do Mato Grosso do Sul, está de licença. Além deles, não foram: Gladson Cameli, governador do Acre, que está na China; Mauro Mendes, governador do Mato Grosso; e Ratinho Jr, governador do Paraná. Paulo Dantas, governador do estado de Alagoas, foi o único nordestino entre os faltosos, porém representado pelo vice, Ronaldo Lessa

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Dos 27 governadores do Brasil, 14 estiveram presentes no evento organizado pelo governo federal. Ao ser questionado sobre as ausências de governadores da oposição, Helder afirmou que, para ele, a não ida de alguns ao evento é fruto de uma interpretação “equivocada”. “Entendo que é fruto de imaginarem que este ato em favor da democracia tem paternidade. Aqui não se trata de um evento partidário ou ideológico. Estar aqui é reafirmar o nosso compromisso com o único caminho possível, que é o da democracia”, defendeu o governador do Pará.  

"Todos defendemos a democracia e temos na força popular e, acima de tudo, na legitimidade que a democracia proporciona, a forma de respeito às vontades da população, o respeito às instituições, às leis do nosso país. Deve-se, neste momento, reafirmar que a democracia no Brasil é algo inegociável e é algo que deve estar a ser valorizado por tudo e qualquer cidadão deste país. Como governador do Pará e presidente do consórcio de governadores da Amazônia, estar aqui é reafirmar que a Amazônia brasileira valoriza a democracia e quer cada vez mais um país que, através da democracia, garanta justiça social e direitos a todos os cidadãos", completou Helder.

“Não há perdão para quem atenta contra a democracia”, disse Lula 

Em seu discurso, o presidente Lula afirmou que "não há perdão para quem atenta contra a democracia". Para o presidente, “todos aqueles que financiaram, planejaram e executaram a tentativa de golpe devem ser exemplarmente punidos”. Lula ainda defendeu que atentar contra a democracia é atentar contra seu país e contra o seu próprio povo. “O perdão soaria como impunidade. E a impunidade, como salvo conduto para novos atos terroristas", afirmou o presidente durante a solenidade.

O evento, batizado de “Democracia Inabalada”, também contou com a presença dos presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco, do Supremo Tribunal Federal, Luís Roberto Barroso, e do Tribunal Superior Eleitoral, Alexandre de Moraes. De acordo com a organização, 500 convidados participaram, entre parlamentares, ministros e governadores. Para o evento, que ocorreu durante a tarde, a segurança foi redobrada, com bloqueio no entorno das sedes dos Três Poderes. O acesso aos prédios também sofreu bloqueios.

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Em seu pronunciamento, o ministro Alexandre de Moraes reafirmou o compromisso do Poder Judiciário em continuar investigando e responsabilizando os envolvidos nos atos golpistas ocorridos no dia 8 de janeiro de 2023. Ele enfatizou a importância de não confundir "paz e união com impunidade". Além disso, defendeu a regulamentação das redes sociais e destacou a necessidade de combater a desinformação, considerando-a um fator de "corrosão" para a democracia.

Por sua vez, Luís Roberto Barroso descreveu o 8 de janeiro como um "dia da infâmia", precedido por anos de ataques às instituições e aos seus membros. Barroso lamentou a banalização do mal, do desrespeito, da grosseria e da agressividade, destacando a perda de reputação internacional do Brasil. No entanto, apesar dos desafios enfrentados, ressaltou a vitória das instituições e a prevalência da democracia. "A despeito de tudo, as instituições venceram e a democracia prevaleceu", afirmou o presidente do STF.

Quem foram os governadores presentes no ato "Democracia Inabalada" realizado no Congresso:

  • Espírito Santo: Renato Casagrande (PSB)
  • Rio Grande do Norte: Fátima Bezerra (PT)
  • Rio Grande do Sul: Eduardo Leite (PSDB)
  • Bahia: Jerônimo Rodrigues (PT)
  • Paraíba: João Azevêdo (PSB)
  • Pernambuco: Raquel Lyra (PSDB)
  • Pará: Helder Barbalho (MDB)
  • Piauí: Rafael Fonteles (PT)
  • Amapá: Clécio Luis (Solidariedade)
  • Ceará: Elmano de Freitas (PT)
  • Sergipe: Fábio Mitidieri (PSD)
  • Maranhão: Carlos Brandão (PSB)
  • Distrito Federal: Celina Leão (PP, interina)
  • Alagoas: Ronaldo Lessa (PDT, vice-governador)

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