Volta às aulas: escolas da rede municipal de Belém retornam 100% presencial
A titular da Secretaria Municipal de Educação (Semec), Márcia Bittencourt, explicou que o retorno total das aulas só pode ser realizado a partir do aplicativo do projeto Guardiões da Saúde na Educação
As aulas na rede municipal de ensino de Belém retornaram ao modelo 100% presencial nesta segunda-feira (1º). São mais de 68 mil estudantes, matriculados em 213 escolas na rede municipal de ensino da capital paraense. No entanto, nem todas as unidades de ensino vão adotar este tipo de arquétipo. Isso porque, cada instituição tem sua autonomia.
Na escola Amâncio Pantoja, localizada na travessa Castelo Branco, no bairro de Fátima, o barulho das rodinhas das mochilas das crianças começou cedo pelos corredores. Desde 8h, as salas de aula estavam cheias e com ânsia por aprendizado.
A titular da Secretaria Municipal de Educação (Semec), Márcia Bittencourt, explicou que o retorno total das aulas só pode ser realizado a partir do aplicativo do projeto Guardiões da Saúde na Educação. É o primeiro e único aplicativo do Brasil que atua na prevenção de casos de covid nas escolas públicas.
“É um programa desenvolvido pela Semec, em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde (Sesma) e a Universidade Federal do Pará. Formamos duas pessoas em cada escola para que pudessem reconhecer o sintoma da covid-19. As informações eles lançam no aplicativo e encaminhamos à Sesma para fazer o teste. As pessoas que testarem positivo são afastadas. Dessa forma, desde de setembro ano passado não precisamos fechar nenhuma escola por surto de covid. Isso é importante para o controle e monitoramento das escolas municipais. Nesse momento que as crianças ficaram em casa e entraram em contato com várias pessoas, é importante reforçar um retorno com biossegurança. Com qualidade. Assim conseguimos alcançar o nosso objetivo que é educar as crianças”, destacou a secretária da Semec durante entrevista próximo do refeitório da escola Amâncio Pantoja.
Com a felicidade estampada no rosto e a caneta nas mãos, Marcos Correa, 9 anos, contou que está feliz de ver os colegas. “Já não via a hora de voltar. Ver os meus amigos. Estudar e aprender coisas novas. Pintar. Desenhar. Saudade de dar um abraço na professora”, disse o menino enquanto fazia a tarefa escolar e dizia que quer ser produtor de conteúdo quando crescer.
A docente Sheila Magno, de 48 anos, que trabalhou quase metade da sua vida na escola Amâncio Pantoja, comentou que a importância do retorno das crianças para as salas de aulas. “É de suma importância que eles voltem. Porque eles perderam muita rotina. Eles perderam muito com os colegas. A aprendizagem presencial não é a mesma coisa do que a virtual. Aqui eles conseguem avançar no conhecimento e para tirarem as dúvidas. As metodologias são diferentes das virtuais”, explicou a professora Sheila.
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