Últimos dois envolvidos em morte de sargento da PM em Outeiro são autuados dentro de penitenciárias
Segundo a investigação, a execução do sargento Josivaldo foi motivada por uma vingança
A Delegacia de Homicídios de Agentes Públicos (DHAP) da Polícia Civil deu cumprimento na tarde desta quinta-feira (17) aos mandados de prisões preventivas contra os já presos Renê Pinheiro dos Anjos e Jonatha Rosa Ramos, o "Branco" pela prática do crime de homicídio qualificado contra o sargento da Polícia Militar Josivaldo Andrade da Silva. morto em 14 de maio no Distrito de Outeiro, em Belém.
Os dois estavam cumprindo pena no Centro de Recuperação Penitenciária do Pará III (CRPP III), que integra o Complexo de Santa Isabel, no distrito de Americano, e em uma Penitenciária Federal, fora do Estado. A ação contou com apoio da Diretoria do Sistema Penitenciário Federal (DISPF/DEPEN) e da Assessoria de Segurança Institucional da Superintendência do Sistema Penitenciário do Estado do Pará (Susipe).
O sargento Josivaldo foi morto perto de sua casa, situada na alameda Tropical, bairro Água Boa, morto por volta das 22h. O Policial Militar encontrava-se pilotando sua motocicleta, retornando para sua residência, quando foi abordado por dois indivíduos, que o atingiram com oito tiros.
Durante as investigações, foram presos em flagrante Fernando Assis Cardoso da Silva, que ocupou a função de motorista dos executores, e Ricardo Barbosa Macedo e Marcilene do Socorro Barbosa Macedo, que participaram materialmente do crime, fornecendo uma das armas de fogo aos executores. Além deles, os dois autores do assassinato, identificados como Yorran Ribeiro Messias e Mateus Moura do Nascimento morrem após confronto com as Polícias Civil e Militar.
Jomatha e Renê foram apontados durante as investigações como mandantes da morte do PM. A motivação do crime teria sido a morte de Carmonisia Alda Leão De Oliveira, que morreu na madrugada de 8 de maio, quando homens não identificados invadiram sua residência e a executaram. A partir da morte de Carmonisia, os dois presos prometeram vingança e passaram a organizar, de dentro da cadeia, a morte de um Policial Militar em Outeiro, com o objetivo de dar uma "resposta" da facção criminosa por causa da morte da mulher, com eles elegendo o sargento Josivaldo como alvo do ataque apenas pelo fato dele residir em Outeiro.
Com essas duas prisões, todos os criminosos envolvidos na morte do PM estão presos ou morreram, sendo que o inquérito que apura o crime está devidamente encerrado, com todos os indiciados denunciados e com denúncia recebida pelo Poder Judiciário.