Tribunal do Júri condena homem a 26 anos de reclusão por matar nora grávida no nordeste do Pará
Segundo o Tribunal de Justiça do Pará (TJPA), a vítima estava no terceiro mês de gestação e foi assassinada por ter se recusado a ter relações sexuais com o réu

O Tribunal de Justiça do Pará (TJPA) condenou Antonio Cabral Cavalcante nesta segunda-feira (10/3) a 26 anos de reclusão em regime fechado pelos crimes de homicídio qualificado e aborto de terceiro. Segundo o TJPA, o réu era acusado de matar a nora, Milene da Silva Reis, que estava grávida de três meses na época, por ela ter se recusado a ter relações sexuais com ele. O crime aconteceu no dia 2 de junho de 2023, na vila Bom Futuro, em Garrafão do Norte, no nordeste do Pará.
O julgamento aconteceu no 1º Tribunal do Júri da Comarca da Capital. Por meio do promotor Gerson Silveira, o Ministério Público sustentou a acusação nos termos da denúncia de que o réu esfaqueou Milene por ela não mais o aceitar e por ela ser mulher não poderia estar de batom vermelho dentro de casa o acusado. E, com isso, Antonio "não se controlou e desferiu as facadas" contra a vítima, segundo o promotor. Sobre o crime de aborto, Gerson afirmou que o réu “poderia não saber que a mulher estava grávida, mas assumiu o risco” mesmo assim.
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Já a defesa do réu, que requereu aos jurados para não acolheram as qualificadoras, argumentou que o homem está há quase dois anos na cadeia e que é um agricultor. Além disso, também alegaram que Milene estaria “azucrinando" a vida de sua família e da sua esposa.
Por maioria dos votos, os jurados acolheram a acusação e votaram pela condenação do réu. A pena fixada totalizou 26 anos de reclusão em regime fechado.
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