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Três PMs pedem R$10 mil para liberar homem e são presos

Agentes vão respoder por extorsão mediante sequestro, tipificado no artigo 244, do Código Penal Militar

O Liberal

Três policiais militares foram presos acusados de exigir R$10 mil para soltar um homem que foi abordado durante uma ação policial no bairro do Curuçambá, em Ananindeua. O sargento Paulo José de Almeida Cordeiro e os cabos Jorge Ramon Macharo Freitas e Marcel Danilo Mateus Paiva Figueira devem responder pelos crimes de extorsão mediante sequestro, conforme a ação penal proposta pelo Ministério Público Militar, cuja denúncia foi recebida em um mandado de citação, assinado pelo juiz Lucas do Carmo de Jesus, na última terça-feira (26).

Segundo a denúncia do MP Militar, a vítima alegou, em depoimento, que após ter sido detida, os agentes de segurança pública exigiram R$10 mil para que ele fosse solto. Os policiais, ainda segundo o denunciante, teriam entrado em contato diretamente com a esposa dele para a negociação do valor.

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Foi então que a esposa e a sogra da vítima conseguiram arrecadar R$6 mil, valor que seria entregue em um local pré-acertado entre a família e os militares. Já no local, após a vítima estar sob custódia dos agentes durante uma hora e meia, os PMs foram surpreendidos por agentes da Corregedoria da PM, que foi acionada pela família, que prenderam em flagrante os acusados.

Em depoimentom, o tenente coronel Jorge Carlos, responsável pela operação da Corregedoria que deteve os militares, a vítima foi encontrada no interior da viatura sem algemas, o que foi questionados. Os acusados, então, justificaram que o homem havia sido preso por tráfico de drogas, mas que seria apresentado após ter a documentação encontrada.

Entretanto, a justificativa não foi acatada pelos agentes da Corregedoria da PM, que verificaram que a vítima estava em posso dos documentos.

Por conta disso, os policiais foram apresentados perante a Vara Única da Justiça Militar para audiência de custódia, onde houve a homologação da prisão em flagrante e conversão em prisão preventiva.

A decisão da Justiça Militar também marcou, para este ano ano, o interrogatório dos acusados a o depoimento das testemunhas. "Desde logo, por economia e celeridade processual, considerando que se trata de processo com réus presos, designo a audiência para inquirição das testemunhas arroladas pelo Ministério Público e as que vierem a ser arroladas pela defesa e interrogatório dos acusados para o dia 22 de novembro de 2021", pontuou o magistrado Lucas do Carmo na decisão.

A reportagem entrou em contato com a Polícia Militar, mas não recebeu retorno até a publicação desta matéria.

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