'Tio, quero uma explicação', diziam os homens procurados pela polícia em Benevides

"Eles foram na minha casa. Fiquei com muito medo", conta um morador de uma das casas na Estrada do Maratá, em Benevides, na área próxima de onde os dois suspeitos de envolvimento na morte do sargento Gilvandro Valentin Ferreira passaram a ser procurados pela polícia nesta terça-feira (22). Um deles foi morto esta manhã. Outro segue foragido nas matas.

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A PM confirmou que os suspeitos escondidos na área de mata estão sendo procurados desde a madrugada, em uma operação que envolve cerca de 80 policiais, 21 viaturas e um helicóptero. 

Segundo o relato do morador, que pediu para não ser identificado, os dois suspeitos procurados foram até a sua residência no início da manhã desta terça, por volta das 6h. "Eles passaram em frente de casa pedindo explicação de como chegar na BR", contou.

"Eles me chamaram de  'tio' e pediram a informação. Só que eu vi a arma na cintura do mais alto, e logo percebi que se tratava deles", explicou o morador. "Eu sabia que a polícia tava aqui procurando eles. Eu disse pra eles pegarem a pista e seguirem direto. Depois eu avisei a polícia".

"Eles passaram em frente de casa pedindo explicação de como chegar na BR", contou um dos moradores da região. "Eles me chamaram de 'tio' e pediram a informação. Vi a arma na cintura do mais alto, e logo percebi que se tratava deles, que a polícia tava aqui procurando. Disse pra eles pegarem a pista e seguirem direto. Depois eu avisei a polícia"

Um grande efetivo faz cerco nas matas da região (Akira Onuma / O Liberal)

Famílias trancam as casas em Benevides

O morador relatou ainda que desde que ficou sabendo que os dois suspeitos de matarem o policial estavam sendo procurados naquela região, trancou a casa toda, e ficou com muito medo. "Desde ontem, quando eu fiquei sabendo, tranquei tudo. Fiquei com muito medo, ainda mais que lá em casa não tem muro. Quando eu vi eles hoje de manhã, aí que eu fiquei mesmo com medo de morrer", contou.

Os policiais seguem realizando buscas na área da Estrada do Maratá para localizar o segundo suspeito, que continua escondido na mata. O coronel Santos, do Comando de Operações Especiais (COE) da Polícia Militar, detalhou esta manhã como as buscas estão sendo realizadas. Ouça:

"Todo esse grande quadrante da Estrada do Maratá está sendo coberto pelo COE e pelo Comando de Policiamento Regional Metropolitano (CPRM). Temos aqui ainda a cavalaria, o Batalhão de Ações com Cães (BAC), a Rondas Ostensivas Táticas Metropolitanas (Rotam), o Choque e o Batalhão de Operações Especiais (Bope)", explicou o coronel.

O corpo do homem que foi morto durante a intervenção policial já foi recolhido do local. A PM informou que os peritos criminais estão realizando o levantamento do local onde houve a troca de tiros, juntamente à Divisão de Homicídios (DH) da Polícia Civil.