MENU

BUSCA

Suspeito de matar passageiro e motociclista por engano em Belém é preso nesta segunda-feira

Soldado da PM do Pará teria confundido vítimas com assaltantes

O Liberal

O soldado da Polícia Militar do Pará, Márcio Prestes Moreira, apresentou-se espontaneamente à Polícia Civil na manhã desta segunda-feira (14). Ele é suspeito de matar, por engano, o passageiro Jackson Maciel de Moraes, de 24 anos, e o motociclista William Barbosa de Souza, de 29 anos, no último dia 7 de abril, no bairro do Marco, em Belém.

As vítimas estavam em uma motocicleta na travessa Barão do Triunfo, entre as avenidas Almirante Barroso e Romulo Maiorana, quando foram atingidas por disparos efetuados pelo policial. Jackson morreu no local. William chegou a ser socorrido, e morreu no dia seguinte. Segundo a Polícia Civil, o PM teria confundido os dois com criminosos. Márcio deverá passar pela audiência de custódia nesta terça-feira (15).

VEJA MAIS 

Homem morre baleado ao ser confundido com assaltante no bairro do Marco, em Belém
O caso ocorreu na tarde desta segunda-feira (7), na travessa Barão do Triunfo

Vídeo mostra atacante do Remo e jovem antes de serem mortos a tiros em Marituba
A principal suspeita dos moradores é de que os dois tenham morrido por engano. Eles eram bastante queridos pela vizinhança, estavam tomando um refrigerante, sentados na calçada após uma partida de futebol disputada em uma arena local

Médicos mortos por engano no Rio: polícia e MP fazem operação para prender suspeitos
Marcos de Andrade Corsato, Perseu Ribeiro Almeida e Diego Ralf de Souza Bomfim, irmão da deputada Sâmia Bomfim, morreram em um atentado em um quiosque na Barra da Tijuca

Em entrevista à TV Liberal, a delegada Daiane Monteiro, responsável pelo caso, explicou a dinâmica das investigações. “A partir do momento em que o crime ocorreu, a Polícia Civil iniciou as investigações e, logo em seguida, conseguiu identificar quem era o autor dos disparos. Porém nós estávamos em buscas de provas que afirmassem isso. Que era ele e comprovasse de fato a autoria do crime”, afirmou.

Segundo a delegada, o mandado de prisão foi expedido no fim de semana e coincidiu com a apresentação espontânea do PM. Durante interrogatório, o soldado alegou ter agido em legítima defesa. “O que ele fala é que, quando ele chegou na clínica, ele ouviu pedidos de socorro, que estava acontecendo um assalto. Segundo ele, assim que ele saiu da clínica, ele se deparou com os dois homens na motocicleta. E ele teria visto o garupa da motocicleta retirar algo da cintura que ele entendeu que fosse uma arma de fogo”, detalhou a delegada.

Ainda conforme o relato do policial, ele acreditava que os dois da motocicleta estariam cometendo um assalto. “Como ambos [o garupa e o piloto da motocicleta] estavam abordando o pedestre, que seria de fato o criminoso, ele entendeu que o criminoso era a vítima e que os dois da motocicleta eram os bandidos. Entendeu que estava ocorrendo um assalto com arma de fogo”, disse Daiane Monteiro.

O PM declarou que efetuou apenas um disparo, mas as investigações iniciais apontam pelo menos três tiros. Ele também relatou que voltou à clínica após os disparos e usou um telefone emprestado para acionar o Ciop (Centro Integrado de Operações). “Ele alega que ele saiu do local com medo de represálias”, informou a delegada.

Confusão trágica​

Segundo informações apuradas no dia do crime, uma mulher havia sido vítima de assalto e gritou por socorro. Jackson e William, que estavam de moto a caminho do trabalho, teriam seguido o assaltante para tentar recuperar o celular roubado. O policial, que estava à paisana, ouviu os gritos e teria confundido os dois homens com os criminosos. O soldado efetuou os disparos e fugiu do local.

Polícia