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Agente de saúde morta: suspeito de matar companheira é detido pela PM, em Ananindeua

A vítima, Rosanira Nascimento Silva, 44 anos, foi encontrada sem vida pela filha, no último domingo (18). O companheiro dela, Donizete Rodrigues de Oliveira, foi apontado por familiares como o principal suspeito de matar a mulher

O Liberal

Donizete Rodrigues de Oliveira, o principal suspeito de matar a agente de saúde Rosanira Nascimento Silva, 44 anos, foi preso na manhã desta segunda-feira (19), no canal Maguari Açu, em Ananindeua, na Grande Belém. A filha da vítima foi quem encontrou a mãe morta, na tarde do último domingo (18), dentro da casa onde morava, na passagem F, próximo da estrada do Maguari, na região central de Ananindeua, e acionou as autoridades para que pudessem investigar a morte. Segundo a polícia, o imóvel apresentava vestígios de que poderia ter ocorrido uma briga. A delegada Ana Paula Chaves, titular da Divisão Especializada no Atendimento à Mulher (Deam) Belém, disse que Rosanira foi morta a golpes de faca e de uma marreta.

A Unidade Básica de Saúde (UBS) de Ananindeua Centro, onde a vítima trabalhava, lamentou a morte de Rosanira. “As palavras não podem expressar a tristeza deste momento”, diz parte da nota publicada no perfil da UBS no Facebook. No dia em que o corpo da mulher foi achado, familiares da vítima apontaram Donizete como autor do crime, por conta do histórico de violência entre o casal. Logo após a localização do cadáver de Rosanira, o suspeito não foi localizado e a polícia fez diligências para localizá-lo.

Por volta das 7h, desta segunda-feira (19), Donizete foi detido por militares do 29º Batalhão após moradores denunciarem que ele estava na frente da casa dele, que fica na Rua do Itabira. A PM foi atrás de Donizete cercaram as proximidades para que não fugisse outra vez. O suspeito foi detido quando estava entrando em uma área de mata e confessou à polícia ser o responsável por matar Rosanira. Os agentes encaminharam Donizete à Divisão Especializada no Atendimento à Mulher (Deam) Belém, localizada no bairro do Marco.

A redação integrada de O Liberal conversou com a delegada Ana Paula Chaves, titular da unidade policial para onde Donizete foi apresentado. Até às 11h23, o suspeito não tinha sido ouvido pelos policiais, conforme aponta a delegada. “Até o presente momento, o flagrante ainda está sendo feito. A informação que a gente tem é que o fato ocorreu no domingo (18), quando ele (Donizete) teve um discussão com a companheira (Rosanira) e ele a matou com golpes de facão e de uma marreta, que foram os objetos encontrados ao lado da vítima. A filha dela encontrou o corpo da mãe pela parte da tarde junto com os objetos que foram apreendidos. A filha comunicou a Polícia Civil, que foi feita a ocorrência, e a partir deste momento começaram diligências à procura do acusado”, disse ela.

Segundo a delegada Ana Paula, a captura de Donizete ocorreu na hora que ele voltava para casa recuperar objetos pessoais. “Ele foi apresentado na Delegacia da Mulher, onde funciona a Delegacia do Feminicídio e o flagrante está sendo realizado. Vai ser pedido a conversão do flagrante em prisão preventiva. As investigações continuarão até a remessa do inquérito à Justiça. Nesse momento da investigação, familiares serão ouvidos para que possam informar o tipo de relacionamento que eles (Rosanira e Donizete) tinham, se era conturbado. Vamos verificar se ela tinha algum procedimento na delegacia ou não”, acrescentou. 

“Afirmamos as efetividades que as medidas protetivas tem. Os últimos feminicídios que ocorreram na cidade de Belém ou na Região Metropolitana, desde a criação da Delegacia do Feminicídio, consta que nenhuma vítima tinha medida protetiva ou feito denúncia contra o agressor. Então, a gente ressalta a importância de fazer a denúncia, procurar a delegacia e relatar o que vem sofrendo, solicitar as medidas protetivas de urgência, porque ela (denuncia) não é só um papel, mas tem uma efetividade muito grande onde pode vir impedir crimes mais graves futuramente”, acrescentou a delegada Ana Paula Chaves sobre a importância da mulher procurar a polícia para denunciar as violências que estiver passando.

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